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·4 de agosto de 2025

Roberto Assaf: Que prioridade é esta, Flamengo?

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E o Flamengo (quase) entregou a barra de ouro inteira ao Ceará, um time que disputa o campeonato apenas para continuar na Série A. O empate de 1 a 1 foi lamentável. Aliás, dizem desde o começo do ano que a prioridade é o Brasileiro. O problema é que o Flamengo joga pouco em quase todas as partidas. Esteve bem em vitórias contra Bragantino e Atlético Mineiro, e voltou a mostrar depois um futebol preguiçoso. Nenhuma inspiração, muitos erros coletivos e individuais. Assim, vão empurrando, de qualquer jeito, o jogo para o fim, sem que ocorra uma reação que justifique a fama que a imprensa insiste em dar ao time.

Os comentaristas dizem que é o “cansaço”. Cansaço de quê? Os caras são atletas profissionais, come média de idade entre 20 e 30 anos de idade, ganhando, em dia, fortunas inacessíveis inclusive a presidentes de multinacionais. E estão esgotados. Que negócio é esse de priorizar? De onde saiu isso? O Flamengo não tem que priorizar nada. O Flamengo tem que entrar com o melhor e ganhar.


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Mas a bomba no clube não vai explodir agora, só após as eliminações na Copa do Brasil, na Libertadores e no momento em que a equipe cair vertiginosamente na tabela do Brasileiro. Põe aí um mês e meio.

Ceará na defesa contra o Flamengo

O Ceará deixou evidente desde a saída que a sua prioridade era defender. E buscar o gol nos contra-ataques, mesmo jogando em casa, com a maioria da torcida. Contudo, o que se viu foi o habitual: o Flamengo com a bola, trocando dezenas de passes para os lados, criando raras oportunidades. E o adversário tentando a correria desabalada nas poucas chances que teve para partir em direção ao ataque. Aos 36 minutos, Léo Ortiz lançou Plata, que cabeceou para Arrascaeta bater de esquerda: 1 a 0.

O Ceará não esboçou reação. Em dado o momento, o time carioca poderia aproveitar para ampliar. Mas ficou aguardando o tempo esgotar. A propósito, a equipe nordestina exagera na pancada, e dois amarelos, até ali foi lucro.

Arrascaeta foi substituído por Saúl Ñiguez no intervalo, e o Ceará fez duas mudanças, procurando acertar a ligação entre o meio e a frente. Afinal, precisava mostrar um mínimo de preocupação com o ataque, o que a multidão presente esperava. Aos oito minutos, Léo Condé trocou Richardson, com uma advertência. E de completa inutilidade, por Fernando Sobral, em mais uma busca pelo futebol ofensivo. Aos 10, Lucas Mugni, que acabara de entrar, testou no travessão, e Aylon não aproveitou a volta.

Já o Flamengo, numa moleza impressionante, não conseguia mais sequer tocar a bola. Filipe Luis não tomava qualquer providência, o que às vezes é até perigoso, pois quando mexe piora o que já está ruim. Aos 21, Pedro Raul apanhou escanteio de Lucas Mugni e empatou: 1 a 1. O óbvio.

Flamengo se arrasta em campo

Eis que surge um momento curioso: o Ceará não sabe se sai definitivamente atrás da vitória, ou se segura o resultado, enquanto o Rubro-Negro se arrasta em campo, sem jogar competitivamente, mostrar o desejo de vitória e liderança. Com meia hora, o técnico volta a mudar, lançando Allan e Juninho, o que deixa previsível – como dito – que a tendência é dar ao Ceará a oportunidade de vencer. Eis que de repete volta o velho moço Victor Hugo, que é o ponto exato em que já se sabe que nada – no lado vermelho e preto – mais acontecerá.

O Ceará, que é fraquinho, compreendeu que estava bom – o que era um equívoco, e também deixou a bola rolar até o fim do melancólico espetáculo diante de quase 60 mil pessoas. O Flamengo de Filipe Luis é (quase) uma tragédia.

Pior é suportar Emerson Royal – para quem viu Murilo e Leandro isso é assustador – tentando justificar o injustificável.

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