Rafa: «Quando o Benfica está a perder um jogo, vai-se muito aos extremos» | OneFootball

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·18 de mayo de 2024

Rafa: «Quando o Benfica está a perder um jogo, vai-se muito aos extremos»

Imagen del artículo:Rafa: «Quando o Benfica está a perder um jogo, vai-se muito aos extremos»

Depois de se ter despedido do Benfica na Luz (5-0, frente ao Arouca), Rafa Silva concedeu uma última entrevista enquanto jogador dos encarnados, à BPlay, onde se mostrou sem filtro e abordou tudo, desde os penáltis que recusou nesse jogo, os treinadores que teve na Luz, até ao comportamento dos adeptos nos piores momentos.

«É difícil… É difícil quando tens de abandonar uma coisa que foi a tua casa durante tanto tempo, não é? Oito anos. As pessoas pensam que é fácil para nós, depois, termos de ir embora, termos de abandonar, que isto é só um trabalho… Mas nós passamos tanto tempo aqui, e tanto tempo com estas pessoas, tanto tempo neste relvado que isto torna-se uma coisa da nossa vida. É sempre difícil, mas saio todo contente porque sei que fiz o meu trabalho e sei que as pessoas que deixo para trás são pessoas amigas e que eu considero muito na minha vida», começou por dizer.


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«Nenhum jogador joga para homenagens. Joga para se evidenciar. Eu acho que nunca, e sempre disse isso... nunca quis câmaras, nunca quis prémios, nunca quis nada disso. Não tive interesse nenhum nisso, nunca vou ter interesse nenhum nisso. O meu interesse sempre foi que as pessoas gostassem de mim como homem, pelo meu caráter, pelo que eu sou, não por o Rafa jogador. Uns gostam, outros não, isso faz parte da vida, mas… homenagens não são para mim. Não quero nada disso», acrescentou, sobre não querer homenagem.

Rafa Silva comentou ainda o facto de ter recusado bater penáltis frente ao Arouca: «Eu sabia que era o meu último jogo, a maior parte das pessoas sabia que era o último jogo, mas para mim o que me interessava era ganhar o jogo. Foi isso sempre que eu fiz em todos os jogos que joguei pelo Benfica, e, quando não pude estar lá dentro, o objetivo era sempre ganhar o jogo, nunca era o que A, B ou C faziam. O individual não conta para nada, e ali, para mim, fazer o golo ou não fazer, não era por aí. Eu nunca bati penáltis, não tinha por que começar agora. Não fazia sentido para mim.»

«É sempre difícil porque, como eu disse há bocado, estou a abandonar uma coisa que é basicamente quase a minha carreira, são oito anos. As pessoas não têm muita noção do que são oito anos num clube, e acho que é isso que eu senti nesse momento, foi: OK, isto está a acontecer, está na minha hora, decidi que assim o fosse. Mostra que eu tenho uma grande família, fora da família que tenho em casa, e eu sempre disse isso. Para mim o mais importante serão sempre as conexões que eu faço e não o que eu faço como jogador, porque isso a mim não me interessa muito», concluiu, sobre essa despedida.

Apontamento aos adeptos

Por fim, Rafa comentou ainda a relação entre equipa e adeptos, depois de ter sido destaque nesse último jogo com o Arouca: «A verdade é uma: o Benfica quando está a ganhar torna-se o que o Benfica é. O Benfica quando não está a ganhar – e eu digo isto de quando está a ganhar troféus ou quando está a perder os troféus... Quando está a ganhar um jogo e quando está a perder um jogo, vai-se muito aos extremos... Do bom e do mau. Então, eu acho que se tem de começar a dosear um bocadinho a maneira como se trata as pessoas, porque nós cá dentro também somos pessoas, estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para conseguirmos ter o melhor desfecho no jogo, neste caso, em cada jogo. Tentar ganhar, porque o que interessa é o fim, o que interessa são os troféus, no fim, que conquistamos. E acho que muitas das vezes, porque um jogo não corre bem, já começar a duvidar do que está a ser feito não ajuda. E nunca vai ajudar ninguém. A pressão? Nós temos pressão. Isso faz parte do nosso dia a dia, não é por dizerem que A, B ou C é mau ou é bom que vai ajudar. O objetivo é apoiar o Benfica, e o objetivo é que o Benfica conquiste títulos. Nunca nos metemos à frente do Clube, e eu falo por mim, eu não me meto à frente do Clube e nunca me vou meter à frente de nenhum clube.»

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