Mundo Rubro Negro
·13 de noviembre de 2024
In partnership with
Yahoo sportsMundo Rubro Negro
·13 de noviembre de 2024
Nunca soubemos tratar nossos ídolos. Desde Leônidas da Silva, que saiu após o clube duvidar de sua séria lesão, passando pela venda de Zico por motivos mesquinhos. Mais recentemente, a torcida e a diretoria trataram de forma desdenhosa diversos ídolos recentes. Diego Alves, Diego Ribas, Rafinha (apesar dos pesares), Jorge Jesus, Everton Ribeiro, Pedro — todos sofreram com o desrespeito da atual diretoria do Flamengo.
Mas, como de costume, isso atinge seu ápice quando falamos de Gabriel Barbosa. Como tudo é superlativo com ele, as polêmicas também o são. Os atos de desrespeito da diretoria do Flamengo se tornam ainda mais evidentes. E no pôquer da saída de Gabi, ele esperou até o último minuto para anunciar sua decisão, fazendo-o de forma triunfante.
Após um ano calado, enquanto o presidente do clube repetia a todo momento que “só dependia do Gabigol” aceitar o ultrajante contrato de um ano oferecido, o atleta se pronunciou no gramado, após o título da Copa do Brasil. Ele anunciou sua saída, mas não só isso. Passou despercebido que ele disse que procurou a diretoria e abriu mão de condições para ficar por 2 ou 3 anos. Além disso, deixou claro o motivo de sua decisão: a postura dos dirigentes.
Hoje, somos surpreendidos pelo afastamento do atacante, após surgirem bastidores da relação dele com o antigo técnico. Esse é o disparate final, que revela como a atual diretoria segue os mesmos passos dos mandatários de 1983. Naquele ano, eles se desfizeram de Zico, o maior ídolo da história do clube, como se fosse nada.
Landim, Dunshee e sua turma tentam assim um último contra-ataque para sair por cima, tirando da torcida e do jogador até mesmo o direito de viverem os últimos momentos juntos. E de quebra ainda prejudicam os útilmos jogos da temporada, retirando do elenco seu único Centro-Avante. Esse ato de vaidade deve receber o mesmo tratamento que a torcida deu lá em 83.
Na época, a pressão sobre Antônio Dunshee de Anbranches foi tão grande que ele precisou deixar o Maracanã escoltado pela polícia. A torcida o hostilizou durante 90 minutos. O então mandatário renunciou ao cargo, alegando que era para o bem da união do clube. Apesar dos pesares, Antônio saiu com uma narrativa que lhe deu o direito de afirmar que, embora tenha errado, percebeu, se arrependeu e renunciou.
Agora, cabe a nós, amanhã, na arquibancada, repetir o que os heróis da renúncia de Antônio fizeram. Exigir a renúncia de seu filho da atual vice-presidência e a retirada de seu nome do pleito de dezembro. Que Rodrigo Dunshee tenha hoje o mesmo ato de grandeza que Antônio teve no passado. Que ele reconheça que não tem o direito de ser presidente do clube, após ter participado da humilhação e da perda de um dos nossos maiores ídolos.
Se não o fizer, rezo para que os sócios façam isso por ele, logo mais. E que nunca mais sejamos comandados por quem acredita que só eles permanecerão intocados, achando que até Zico é passageiro.
Siga o MRN no BlueSky e no Instagram.Contribua com a independência do nosso trabalho: seja apoiador.
RT no bobão kkk