Central do Timão
·30 de noviembre de 2024
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O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians Romeu Tuma Júnior encaminhou à Comissão de Ética do clube o segundo pedido de impeachment contra Augusto Melo. O processo disciplinar foi sugerido pelo Conselho de Orientação após a análise das contas do primeiro semestre de 2024. Membros do Cori alegam que a votação foi técnica e baseada em quatro supostas irregularidades da gestão.
O relatório do Cori fundamentou o pedido de afastamento do presidente com base no artigo 106 do estatuto alvinegro, que trata das razões para a destituição do mandatário, citando supostos atos de gestão irregular e temerária. A decisão foi respaldada por irregularidades apontadas na gestão, como a celebração de contratos sem licitação, a ausência de documentos e a falta de demonstração dos balancetes e auditorias.
Foto: José Manoel Idalgo/Agência Corinthians
Apesar de nove dos dez membros trienais eleitos para o Cori em fevereiro terem apoiado Augusto Melo na última eleição, a recomendação foi aprovada por unanimidade. Dos 13 membros presentes ao órgão, incluindo três natos e os dez trienais, todos votaram a favor do afastamento do presidente.
O documento, ao qual a Central do Timão teve acesso e que foi tema de reportagem na última sexta-feira (clique AQUI para ler), já foi encaminhado pelo presidente do Conselho Deliberativo ao comitê disciplinar, onde o presidente do clube deverá apresentar sua defesa.
O primeiro pedido de impeachment de Augusto Melo será votado pelos conselheiros do Corinthians nesta segunda-feira, 2, no Parque São Jorge, e tem como principal fundamento o controverso rompimento de patrocínio com a VaideBet. O inquérito policial ainda não foi concluído, mas o delegado Tiago Fernando Correia, responsável pelo caso no Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC) e da terceira delegacia, trabalha com a hipótese de lavagem de dinheiro na intermediação do contrato entre o clube e a casa de apostas.
O Corinthians é considerado vítima de desvio de recursos nesta investigação. “Temos algumas opções, como furto qualificado, apropriação em débito, corrupção privada no esporte, que é um crime na Lei Geral do Esporte. Estão incluídos no objeto da investigação de lavagem de dinheiro, e vai depender do desfecho do caso a capitulação“, disse o delegado em recente entrevista ao Meu Timão.
Se a maioria do Conselho Deliberativo votar a favor do impeachment do presidente, ele será imediatamente afastado do cargo até a decisão final da Assembleia Geral do clube. Caso contrário, o primeiro processo será arquivado.
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