POLÍCIA AGENDA DATA PARA OUVIR BOBADILLA E NÃO DESCARTA CHAMAR OUTROS JOGADORES DO SÃO PAULO PARA FALAR | OneFootball

POLÍCIA AGENDA DATA PARA OUVIR BOBADILLA E NÃO DESCARTA CHAMAR OUTROS JOGADORES DO SÃO PAULO PARA FALAR | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: AVANTE MEU TRICOLOR

AVANTE MEU TRICOLOR

·28 de mayo de 2025

POLÍCIA AGENDA DATA PARA OUVIR BOBADILLA E NÃO DESCARTA CHAMAR OUTROS JOGADORES DO SÃO PAULO PARA FALAR

Imagen del artículo:POLÍCIA AGENDA DATA PARA OUVIR BOBADILLA E NÃO DESCARTA CHAMAR OUTROS JOGADORES DO SÃO PAULO PARA FALAR

Paraguaio durante a partida contra o Talleres (Victor Monteiro)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo


OneFootball Videos


A Polícia Civil agendou o depoimento do volante Bobadilla sobre a acusação de xenofobia para a próxima sexta-feira (30), na Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva).

Investigadores estiveram na tarde desta quarta-feira (28) no CT da Barra Funda para entregar a intimação ao jogador, que já tinha ido embora após reunião privada com a diretoria do Tricolor.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, outros jogadores do São Paulo devem ser intimados a comparecerem para prestarem depoimento como testemunhas de defesa de Bobadilla na acusação de ter ofendido o lateral-esquerdo Navarro, do Talleres, de forma xenófoba.

Isso porque o venezuelano do clube argentino tem duas testemunhas que compareceram na delegacia e prestaram depoimento favorável à vítima. Além dos próprios policiais militares, que deram testemunho favorável a Navarro.

"É parte importante a oitiva dele, inclusive interesse próprio dele enquanto investigado se defender disso. A gente espera e acredita que por ser um atleta profissional de um grande clube, eles não vão se opor, criar qualquer tipo de situação para atrapalhar a investigação criminal, até porque seria uma medida irracional que só vai atrapalhar a vida do investigado", disse o delegado Rodrigo Correa Baptista, ao portal 'Globo Esporte'.

"Esperamos que ele compareça. Foi intimado para estar aqui na próxima sexta-feira, no período da tarde. Também solicitamos imagens ao São Paulo. Agora, precisamos confrontar tudo isso. As imagens que vão chegar. Se identificamos algum jogador que no momento estava próximo do Navarro e do Bobadilla. Ver eventuais versões de outras pessoas", completou o delegado.

"A gente precisa ouvi-lo nesse inquérito. É um crime grave, inafiançável, imprescritível, com pena de dois a cinco anos, e se a conduta comprometer a investigação criminal, pode agravar a condição dele, enquanto investigado. Esperamos que não chegue a esse extremo, temos uma ótima relação de trabalho com os clubes e acreditamos que ele (Bobadilla) vai comparecer nos próximos dias, na data agendada", apontou.

A confusão começou aos 41 minutos do segundo tempo, enquanto o São Paulo comemorava o segundo gol. Bobadilla e Navarro discutiram. O jogador do Talleres ameaçou deixar o jogo e chegou a chorar, literalmente. Acabou consolado até mesmo por jogadores do Tricolor e pelo árbitro.

Navarro e outros integrantes do elenco e comissão técnica do adversário foram até o posto da Polícia Militar no Morumbi relatar o ocorrido e denunciar o paraguaio do Tricolor.

Após a partida, Luciano foi o primeiro a ir de encontro a Bobadilla e tirou o paraguaio de campo correndo para evitar maiores problemas.

A PM chegou a ir ao vestiário do São Paulo para colher o depoimento de Bobadilla, mas o jogador deixou o estádio tão logo saiu de campo.

Após a partida, o jogador do Talleres foi às redes sociais e contou sobre o ocorrido.

"Quisera poder ter em minhas mãos a solução para o problema de fome pelo qual passa o meu país. Espero que Deus me dê abundância para poder ajudar. Mas não creio que pode se fazer muito contra a pobreza mental", escreveu.

"Nunca me envergonharei das minhas raízes, irei até as últimas consequências frente ao ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil com Bobadilla", completou.

"A vítima, que é o Navarro, foi encaminhada à delegacia, ouvimos ele. Falou que ouviu essa frase em espanhol do Bobadilla. Duas testemunhas confirmaram a versão da vitima. O árbitro disse que não presenciou nada do ocorrido, só antes ou depois do episódio. Os policiais militares foram ouvidos também. Agora precisamos ouvir o Bobadilla. É importante. Precisamos confrontar o que ele tem a dizer com o que já tem no inquérito policial", completou o delegado Baptista.

Vale lembrar que no grupo do São Paulo da Libertadores teve um exemplo de jogador punido (por quatro meses) pela Conmebol por xenofobia: Pablo Ceppelini, do Alianza Lima.

Segundo a Conmebol, o jogador uruguaio infringiu o artigo 15.1 do código disciplinar da entidade, que proíbe qualquer atitude que "menospreze, discrimine ou atente contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas por motivos de cor da pele, raça, religião, origem étnica, gênero ou orientação sexual".

Imagen del artículo:POLÍCIA AGENDA DATA PARA OUVIR BOBADILLA E NÃO DESCARTA CHAMAR OUTROS JOGADORES DO SÃO PAULO PARA FALAR
Ver detalles de la publicación