Pacaembu descartado? Líder no São Paulo, Lucas detona gramado sintético: “Sou totalmente contra. Nunca pode ser opção” | OneFootball

Lucas em clássico com Palmeiras onde se lesionou na grama sintética (Foto: Rubens Chiri/SPFC)

MARCIO MONTEIRO

Não é a primeira vez que Lucas, um dos grandes líderes do atual elenco do São Paulo, critica e se mostra contra os gramados sintéticos nos estádios. Desta vez, porém, o camisa 7 foi duro e enfático em suas palavras, detonando a utilização do mesmo nos campos.

“Sou totalmente contra. Acho que o futebol de alto nível, de alta performance, é jogado em gramado natural. Se tiver um pouquinho mais de boa vontade, de esforço, dá para fazer um gramado de qualidade. O gramado do Morumbi, por exemplo, é muito bom. E eu tenho quase certeza que 99% dos jogadores reprovam o gramado sintético. O jogo muda, é outra realidade. Acho que não tem sentido”, disse Lucas Moura a Band.

“O futebol brasileiro, que revela tantos grandes jogadores, que é um futebol muito visado, muito competitivo, não tem sentido jogar em gramado sintético. Eu sou totalmente contra. Acho que o gramado sintético não pode ser nunca uma opção. É outro esporte”, enfatizou o jogador na entrevista concedida.

As declarações vindas de figura importante dentro do clube podem diminuir as chances de o São Paulo jogar, se necessário, no novo estádio do Pacaembu em 2025, já que o mesmo adotou o uso do gramado sintético.

O próprio presidente Julio Casares colocou em xeque a utilização do Tricolor do Pacaembu, já que não é de agrado do clube.

"Nós temos uma carta acordo assinada logo que eles conseguiram a concessão de ter jogos aqui no Pacaembu. Eles aqui vão ter grama sintética, é uma avaliação que nós vamos fazer, porque o São Paulo prefere grama natural. Mas, vamos avaliar. Temos já uma garantia que, se necessário usar o Pacaembu, vamos usar", afirmou Julio Casares em entrevista recente.

Para a próxima temporada, o Morumbi já tem reservado algumas datas para shows, como da estrela colombiana Shakira e da banda inglesa Oasis. O São Paulo, que utilizou o Mané Garrincha, em Brasília, em algumas ocasiões em 2024, irá definir, portanto, onde será sua segunda casa.

“Talvez seria a solução ter um padrão, eu acho que muda o jogo, é outro tipo de estilo de jogo, fica mais rápido, a bola quica mais, então um time que joga todo fim de semana, que treina no gramado sintético, sem dúvida nenhuma vai ter uma certa vantagem”, acrescentou Lucas.

O São Paulo teve uma série de jogadores lesionados em duelos com o Palmeiras na arena adversária, que utiliza gramado sintético. Lucas, inclusive, foi um desses contundidos. E ele foi perguntando se esta situação de lesões passa pela cabeça dos atletas antes das partidas.

“Passa sim pela cabeça, claro que não tem nenhum estudo que comprove isso, que no sintético as lesões aumentam, mas devido a, por exemplo, aqui no São Paulo muitos jogadores se machucaram lá (Allianz Parque), óbvio que antes do jogo acaba passando isso pela cabeça, então acaba ficando um pouquinho disso”.

“Mas não tem sentido a gente jogar em gramado sintético, na América do Sul talvez não tenha outro país que use gramado sintético. O Brasil, que é considerado país de futebol, não tem sentido usar gramado sintético”, concluiu Lucas em suas críticas.