Os motivos que fizeram o empate com o Flamengo ter gosto de vitória para o Grêmio
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Um empate gigantesco do Grêmio. Empate com gosto de vitória. Quando todo mundo imaginava uma vitória fácil do Flamengo, o Grêmio foi valente, conseguiu controlar os caras e sair com um ponto no Maracanã.
Mano apostou em um 4-1-4-1, com apenas o Carlos Vinícios no ataque. Braithwaite estava em campo, mas jogou recuado. Além da linha de quatro defensores, tinha Cuéllar na frente da defesa, Dodi na ponta direita, Edenilson e Braitwaite mais centralizados e Kike Oliveira na esquerda.
E esse jeito de jogar resistiu todo o primeiro tempo. Apenas no segundo, quando começou a querer jogar mais, teve uma falha que comprometeu todo mundo. A falha foi do Kike. Ele foi precipitado, perdeu uma bola fácil e deu o contra-ataque pro Flamengo marcar.
Sim, isso é simbólico. O Flamengo fez gol em um contra-ataque. Mostra o quanto a marcação estava sendo boa.
A pena é que Mano precisou tomar o gol para mudar o time. Ali, já estava claro que o Kike e principalmente o Braith estavam abaixo. Pra mim, o grande ponto era o Braith. Ele não conseguia fazer a ligação meio e ataque. Aliás, penso que se a lesão no pé está o impedindo tanto, que saia, faça o tratamento adequado e volte quando puder agregar. Como está, não vai rolar.
Detalhe que precisou o gol pro Mano colocar o Cristaldo e o Aravena em campo, sacar Braith e Kike que estavam mal e, principalmente, mudar o jeito de jogar. Voltou para dois volantes, linha de três mais na frente e o centroavante. Saiu um pouco mais. Foi ali que os escapes voltaram e propiciaram o penal do empate.
Cristaldo foi uma peça que deu mais posse de bola no meio. A partir dele, o Grêmio ficou mais com a bola na frente. Agora, eu tenho memória. O Cristaldo não estava conseguindo fazer isso. Fez hoje, mas não fazia antes. A dúvida a saber é o porquê não estava conseguindo jogar como hoje.
Pra mim, o melhor em campo tem que ser o Noriega. O que jogou esse cidadão. De zagueiro ainda. O peruano veio pra ser volante, jogou de zagueiro (atuava assim antes), e gastou a bola. Teve até participação no gol, foi seu o lançamento pro Pavón no penalti. Foi soberano. Coisa de tirar bola dentro das traves, se impor por cima, na bola alta. Que partidaça. Olha, sei não, até pelo que jogou o Cuéllar, não sei se ele não irá se firmar na zaga mesmo.
Volpi recebe a medalha de prata. Fez pelo menos duas defesas milagrosas, uma em cada tempo, pegou a queima-roupa do Pedro e tudo. E, pra fechar, bateu um pênalti frio e calculista com um goleiro estilo Rossi.
Cuéllar jogou demais na frente da zaga. Mostrou que não foi só uma partida isolada, a da semana passada. O cara está de volta. A lamentar a questão física. Todos sabemos que ainda precisa de ritmo. Além disso, esse estilo de ter que correr sempre atrás do marcador, deixou o Cuéllar exausto. Nem consigo culpá-lo por não ter conseguido parar o lance do gol do Flamengo por essa questão física.
Gostei demais dos laterais. Marcos Rocha não era meu lateral favorito da vida, já está em final de carrera, mas chegou aqui e mostrou que entende da função. Marlon voltou a ter protagonismo como anteriormente, quando chegou aqui. Pontos positivos.
Ainda não sei bem se o jeito de jogar mais “recuado” do Mano vai dar certo. Me parece certo que, para essa partida, foi adequado e deu certo. Mano precisará agora organizar melhor a saída para o ataque. A primeira parte, de marcar, foi bem executada. Mano precisará melhorar a segunda parte, que é o ataque. Esse time tem que sair pro jogo. Tem que ir mais pro ataque.
Agora, vem mais uma data FIFA para reorganizar as coisas e melhorar isso. Mano terá a missão de melhorar essa ida para o ataque. Achar uma solução com Braith e tudo mais.