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·5 de julio de 2024

Não era este o guião

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Tanto medo se sentiu contra a Eslovénia, tanta confiança havia desta vez e tudo saiu trocado. Portugal está fora do Euro num jogo onde quis e foi melhor do que a França. Não chegou, porque, desta vez, os penáltis caíram para o outro lado. João Félix acertou no poste, Diogo Costa não conseguiu defender nenhum e a prestação lusa fica por aqui.

Fora um momento tremido quando entrou Dembelé, a seleção lusa, que se manteve igual ao jogo contra a Eslovénia, dominou e teve excelentes oportunidades para marcar. Voltou a não sofrer (terceiro jogo com este onze, terceira vez sem encaixar golos), só que tornou a ser perdulária quando teve hipótese.


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Sabe a pouco, no fim das contas. Mas não deixou de ser isso mesmo: o fim.

Uma hora que tinha que ter golo

Amarrada, qual final, a partida começou com ascendentes moderados. Aos primeiros minutos franceses, Portugal respondeu com largo domínio com bola. Com exceção de uma meia distância de Theo Hernández parada por Diogo Costa e de uma arrancada do discreto Mbappé, em minutos seguidos a meio da primeira parte, não se sentiu que fosse uma França capaz de incomodar.

Maioritariamente, as ideias foram de Portugal. Em aceleração pela esquerda (muitas vezes Leão a levar vantagem a Koundé), mais trabalhado pela direita, onde se viu um melhor Bernardo, as ações portuguesas foram, acima de tudo, promissoras. A uma pressão muitas vezes alta dos franceses, os lusos responderam com sabedoria na saída para que depois houvesse espaço. Faltou definição, perante uma França cautelosa e nada permeável com os três médios de contenção, mas serviu para perceber que, perante tão poderosa equipa, soube ser capaz de dominar. A referência deve ser dada a Vitinha e Bruno Fernandes, soberbos no tampão que aplicaram, juntamente com Palhinha, para travar as investidas gaulesas.

Sobre Cristiano, um apontamento claro: se, no jogo anterior até um livre lateral marcou para tentar fazer golo, desta vez até um frontal deixou para Bruno Fernandes bater (ao lado), num exemplo do que foi um jogo bem mais coletivo por parte do capitão. Como deve ser.

Os espaços surgiram finalmente na abertura da segunda parte. À hora de jogo, três excelentes hipóteses de marcar, uma por Bruno (passe fantástico de Cancelo), outra por Vitinha e ainda pelo próprio Cancelo. Um par de minutos que teve tudo para resultar, mas não resultou.

Mudanças que melhoraram

O primeiro a mexer foi, obviamente, Deschamps. E bastaram dez minutos de Dembelé em campo para se encontrarem as maiores debilidades portuguesas. Estavam no lado esquerdo. Leão nunca ajudou a defender (provavelmente, com instruções para isso), Nuno Mendes ficou desamparado e Pepe nem sempre o conseguiu cobrir convenientemente. Uma, duas, três oportunidades, que felizmente as podemos chamar com esse nome.

Foi a vez de Martínez mexer, com Conceição e Semedo a refrescarem o lado direito, e rapidamente voltou a haver domínio de Portugal. Sem Bruno Fernandes, passou Bernardo Silva para o meio e as ideias refrescaram.

Até ao prolongamento, pouco se registou em termos ofensivos. Mais bola para Portugal, saídas pouco conseguidas pela França (Palhinha viu amarelo a travar uma dessas e sairia aos 90 para dar lugar a Rúben Neves).

Com o médio, Portugal teve ainda mais bola no prolongamento e nada permitiu aos franceses até sair Mbappé - muito limitado à conta da lesão no nariz. Coube a Francisco Conceição a maior agitação do primeiro tempo, numa grande arrancada que não teve em Cristiano Ronaldo a finalização ideal. Depois, num segundo tempo que já teve Félix, foi o 11 a aparecer ao segundo poste para enviar à malha lateral, antes da grande oportunidade fabricada e finalizada por Nuno Mendes para defesa de Maignan.

Depois, os penáltis...

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