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·14 de agosto de 2025

Não é que seja pouco, é apenas que podia ser mais

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Tem surgido nos últimos tempos uma narrativa, em diversos setores da mídia e das redes sociais, cuja mensagem é, a grosso modo, que o torcedor rubro-negro não tem mais o direito de reclamar.

Que o time é forte demais, que os resultados são bons demais, que qualquer falha ou revés é absolutamente compreensível e que criticar o time de Filipe Luís é um exercício de delírio e soberba. As eliminações são culpa do calendário, as derrotas são consequência natural do equilíbrio do nosso futebol, é megalomania falar de uma equipe milionária enquanto outros torcedores precisam ver seu time escalado com cinco pedreiros, três técnicos de informática, dois pediatras e uma cadeira com uma peruca em cima.


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E ainda que exista um verniz de verdade nesses argumentos, já que Filipe Luís vem mesmo fazendo um excelente trabalho e o rubro-negro realmente subiu em muito o seu nível de expectativa desde a formação daquela equipe que venceu tudo em 2019, essa ideia de que o flamenguista não deveria mais reclamar ignora algumas premissas básicas da lógica esportiva.

A principal delas é a de que o Flamengo não deve se comparar com o que os outros clubes são, mas sim com o que o Flamengo pode ser. Se a equipe X está lutando contra o rebaixamento, se o time Y trocaria todo a defesa dele por um dos nossos reservas, se o adversário Z tem um atacante que quando acerta um chute no gol comemora provocando o próprio treinador, isso é problema deles, não nosso, e não precisamos estar no mesmo nível de desespero pra adquirir o direito de reclamar.

Então quando o torcedor não fica plenamente satisfeito com resultados como o de hoje, a vitória por 1x0 diante do Internacional, pelas oitavas de final da Libertadores, não é porque ele não reconhece o resultado como positivo. É claro que é importante vencer em casa, é evidente que a equipe fez um ótimo primeiro tempo, ninguém vai tirar o brilho de mais uma noite decisiva de Bruno Henrique com o manto rubro-negro ou negar que Jorginho transpira classe e categoria como se o campo fosse uma sauna.

Mas isso não tira do torcedor o direito de criticar mais um segundo tempo com uma queda absurda de produção, em que a equipe quase conseguiu se colocar em risco sem necessidade. A vitória não apaga outra atuação fraquíssima de Allan, que cada vez mais deixa claro que não é um ser humano, mas sim um Capitão Planeta da volância horrenda, unindo os poderes de Val, Goeber, Jailton, Clayton e Canteros. O resultado positivo que tivemos não muda o fato de que, se você viu os primeiros quarenta e cinco minutos da partida desta quarta, você sabe que ele poderia ser mais positivo ainda.

Então sim, o torcedor precisa reconhecer a importância dessa vitória, numa competição extremamente disputada, contra um time de tradição. Mas isso não torna absurdo ou prepotente esperar mais de um Flamengo que já mostrou, durante essa mesma vitória, que é plenamente capaz de oferecer isso que a torcida espera. Porque sim, o torcedor rubro-negro vive a oportunidade de presenciar aquele que talvez seja um dos times mais fortes da sua história. Mas ele não seria torcedor e muito menos rubro-negro, se ele não acreditasse que isso, que já é bom, pode ser melhor ainda.

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