Portal dos Dragões
·13 de noviembre de 2024
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Miguel Brás da Cunha recorda-se da noite de 13 de novembro de 2023. Este membro do Conselho Superior do FC Porto teve um papel de destaque na revisão estatutária do clube, um trabalho que, num instante, foi desfeito, assim que começaram os desentendimentos na infeliz Assembleia Geral Extraordinária, que teve lugar no Dragão Arena. Quando os incidentes começaram, Brás da Cunha estava a apresentar o documento aos sócios, mas foi rapidamente silenciado…
“A recordação que tenho é da sensação que ficou naquele dia. Uma profunda tristeza por tudo o que ocorreu naquela Assembleia Geral (AG), por tudo o que envolveu a realização daquela AG. Impactou-me de forma pessoal, porque naquela AG estava a ser apresentado um trabalho de um ano e meio a dois anos na elaboração dos estatutos, realizado com total dedicação e com a intenção de ajudar o clube, mas, devido a todas as circunstâncias que são conhecidas, esse trabalho foi por água abaixo. Senti uma profunda tristeza por essa circunstância, o facto de os sócios não terem podido expressar-se, que era o que deveria ter acontecido, com total liberdade, sobre um projeto que poderia ser aprovado ou rejeitado, mas que deveria ter sido avaliado com a tranquilidade que merecia. Foi um dos momentos mais infelizes na história do clube, foi um momento marcante”, recordou Miguel Brás da Cunha, em declarações ao jornal Record.
Os incidentes que ocorreram nessa AG levaram à instauração de processos disciplinares por parte do FC Porto aos associados envolvidos, assim como processos judiciais. Uma consequência natural do que ocorreu, uma vez que, na opinião de Miguel Brás da Cunha, ninguém está acima da lei e das normas.
“Em relação a processos disciplinares a associados, considero que deve ocorrer uma avaliação sempre que qualquer associado cometa uma infração aos estatutos, deve ser analisado o comportamento, deve ser aberto um processo disciplinar e deve ser tomada uma decisão. Relativamente ao que ocorreu no dia 13, faço a avaliação sobre qualquer infração disciplinar que seja cometida por qualquer associado, essa deve ser a prática do clube. Quando um ilícito é detetado, deve ser decidido no interior do clube, em primeiro lugar, na reserva das decisões dos órgãos sociais, que é onde as coisas devem ser decididas num clube como o FC Porto. Os comportamentos que são públicos, especialmente os que desrespeitam a honra das pessoas, são comportamentos que têm relevância do ponto de vista disciplinar. Comportamentos que atentam contra a honra de associados do clube devem merecer processos disciplinares, na minha opinião”, enfatizou.
No que diz respeito à influência que os incidentes da AG poderão ter exercido no processo eleitoral que resultou na vitória de André Villas-Boas sobre Pinto da Costa, em abril deste ano, este membro do Conselho Superior do FC Porto acredita que poderá ter impactado o universo dos associados.
“O que ocorreu na AG ficou na memória de todos, é natural que tenha exercido influência na forma como todos os sócios do FC Porto lidaram com a vida do clube a partir de então, é natural que sim”, reconheceu.
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