Zerozero
·16 de julio de 2025
Maus sinais do coletivo, bons sinais do reforço: a análise ao particular do Sporting

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·16 de julio de 2025
Depois de quatro particulares à porta fechada (duas vitórias e dois empates), os adeptos puderam ver, nesta noite de quarta-feira, a primeira versão pública do Sporting em 2025/26. Embora tenham existido dados positivos, as imagens gerais do bicampeão não foram particularmente promissoras.
Como seria de expectável, Rui Borges apresentou a equipa num 4-2-3-1, mas a nova versão do leão ainda precisa de muito trabalho. Entre debilidades na pressão e também na construção, a equipa cedeu ocasiões, sofreu, e não criou fluxo ofensivo suficiente para contrariar o que acabou por ser mesmo uma vitória do Celtic.
Rui Silva: Deu tranquilidade com os pés numa altura em que a construção da equipa esteve aquém e foi ainda mais seguro no seu papel principal, somando uma série de defesas para negar o golo ao campeão escocês. Um dos melhores em campo na primeira parte, enquanto esteve em campo. No segundo tempo assistiu de fora aos golos que condenaram a equipa à derrota.
Eduardo Quaresma: Não foi uma exibição perfeita - longe disso, até porque também teve culpas no lance do segundo golo -, mas foi competente, especialmente numa fase de adaptação a um sistema de dois centrais. Continua a tentar dar as suas características ofensivas ao jogo e a equipa beneficia com isso, mesmo que defensivamente possa sofrer. Foi, ainda assim, o melhor defesa da equipa.
Conrad Harder: Outra exibição que esteve longe de ser brilhante mas que merece ser destacada, especialmente numa fase de muitas dúvidas sobre o futuro da posição de ponta de lança no clube. Mesmo com menos fluxo ofensivo e espaço do que Rodrigo Ribeiro teve na primeira parte, o dinamarquês deu-se ao jogo e procurou encontrar soluções. Está claramente em crescimento.
Giorgi Kochorashvili: Só não consta acima entre os destaques porque é de facto um reforço, mas o georgiano foi, a par de Rui Silva, a grande luz da noite leonina. Que entrada! Anunciou-se imediatamente com um par de passes brilhantes a abrir o jogo (um com cada pé) e foi quem mais lutou para contrariar a derrota. Assumiu não só a posição de Hjulmand, mas também a liderança da equipa.
Alisson Santos: Teve 20 minutos para se mostrar e mesmo sem impacto direto conseguiu deixar algumas luzes sobre aquilo que pode dar à equipa. Veloz e direto, mas também associativo. A equipa esteve perto de beneficiar num par de lances em que levou a bola para dentro e serviu companheiros. Terá muitos minutos em jogos oficiais, sem dúvida.
Rayan Lucas: Podia também constar entre os jovens, já que foi contratado para a equipa B, mas teve aqui uma oportunidade de se mostrar. O médio emprestado pelo Flamengo entrou aos 86 e trouxe energia, embora tenha faltado acerto nas duas vezes que a bola lhe caiu nos pés.
Rodrigo Ribeiro: Conseguiu mais um bilhete para o estágio de pré-temporada no Algarve, mas se não aproveitar poderá ser o último. E não se pode dizer que tenha mostrado, nestes 45 minutos, evolução em relação ao ano anterior! Bom nível técnico, mas tímido no único lance em que podia ter armado o remate. Não aproveitou o espaço de que dispôs.
João Simões: Começou bem o jogo, com a personalidade a que habituou os adeptos e com capacidade para chegar à área adversária, onde por duas vezes ameaçou o golo. Ainda falta algum fulgor físico e isso notou-se durante a segunda parte, onde acumulou alguns erros e acabou por quebrar por completo.
David Moreira: Não teve tempo para dar continuidade aos bons indícios deixados na final da Taça de Portugal.
Bruno Ramos: Também entrou a poucos minutos do fim e não esteve envolvido em qualquer lance de realce.