Leonino
·30 de noviembre de 2024
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·30 de noviembre de 2024
Luís Miguel Henrique, advogado do antigo treinador do Sporting, Jorge Jesus, escreveu mais um artigo de opinião para o jornal desportivo “Record”. Desta vez, o também comentador abordou as decisões tomadas por Frederico Varandas, na escolha de João Pereira para assumir o comando técnico dos leões.
"Percebo claramente o raciocínio e aposta de Frederico Varandas na "antecipação de etapa" na promoção de João Pereira a treinador principal da equipa A", começou por referir. "Contudo, sem o devido enquadramento e gestão de expectativas adequados, podemos estar a matar à nascença um potencial excelente treinador".
"Ainda que especulativo, para termos uma noção do real valor do treinador Ruben Amorim em novembro de 2024, há um exercício teórico que desafio o leitor a fazer e que será o seguinte" e questionou: "Se em janeiro 2019, o atual treinador do Manchester United tivesse passado diretamente do comando do Casa Pia e da quarta divisão do futebol português para a liderança da equipa principal de futebol do SCP, teria conquistado o mesmo sucesso e trilhado o mesmo caminho?"
Assim sendo, compara, "Passar João Pereira do comando do SCP "B" e da Liga 3 para a equipa "A" do Clube de Alvalade, da liderança da Liga e da gestão dos lugares cimeiros na Champions League, é como se Ruben se tivesse teletransportado de finais de 2018 para 2024, sem nunca ter vivido particularmente os anos de 2019/20/21/22/23 e conseguisse ser hoje a mesma pessoa, o mesmo treinador de futebol. Impossível, direi eu".
"Com isto, não pretendo afirmar que o João não merece a oportunidade que a súbita partida de Ruben escancarou e que Frederico lhe proporcionou. Pelo contrário, muito provavelmente o seu talento , mais tarde ou mais cedo, provará merecer, mas para isso caberá ao universo sportinguista proporcionar o clima de confiança e o tempo necessário para que o potencial que a cúpula da SAD verde e branca identificou em João Pereira não seja queimado antes de tempo".