Coluna do Fla
·15 de noviembre de 2024
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Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim contou novos detalhes da negociação pela renovação do contrato de Gabigol. Em entrevista nesta quinta-feira (14), o mandatário revelou que o atacante pediu quatro anos e quase o dobro do salário atual. Além disso, o dirigente também questionou a postura do jogador nas conversas e usou o desempenho recente do jogador para justificar o lado da diretoria nas conversas.
— A gente teve esse desempenho dele (Gabigol), bom, até 2022. Agora, sinceramente, em 2023, o desempenho dele foi bem inferior ao que ele vinha desempenhando até 2022, nos quatro primeiros anos dele. Entendo também que houve uma queda de desempenho em 2024 — começou Landim, em entrevista ao Flow Podcast.
— O Gabigol fez um proposta de contrato de mais quatro anos para o Flamengo, com um crescimento muito grande do que seria a remuneração anual dele, muito significativa. Eu diria que seria quase o dobro do que ele ganha atualmente, porque aí entra o passe livre dele, que passa a ter no final do período — esclareceu o presidente do Flamengo.
Na sequência, Rodolfo Landim fez questão de questionar a postura de Gabigol na negociação. Isso porque, o dirigente entende que o atacante deveria aceitar a contraproposta de contrato de mais um ano. Porém, ainda na visão do presidente, o atacante só diria “sim” se tivesse a confiança que poderia dar a volta por cima dentro de campo.
— O ponto é: a prova que a gente acredita na capacidade de recuperação do Gabigol é que nós fizemos uma proposta para ele, no valor que ele pediu, mas por um ano. Digo o seguinte: não é o Flamengo que não acredita. Não sei se é o Flamengo ou se é ele mesmo que não acredita nele, porque se ele quer ficar no Flamengo e ele acredita na capacidade dele, no futebol dele, por que ele não aceita esse um ano e depois ele continua — continuou Landim.
— Se eu estou dando esse ano para ele depois de dois anos que ele não teve um desempenho tão bom, por que eu não daria se ele tiver um ano excepcional, um ano muito bom no ano que vem, mais um ano ou mais três anos como ele gostaria — complementou o dirigente.
Landim também deixou claro que tenta avaliar todo esse imbróglio com Gabigol pelo lado administrativo. Desse modo, segundo o próprio dirigente, o clube não pode agir com paixão para aceitar a pedida de mais quatro anos feita pelo jogador. Portanto, o presidente acredita estar sendo um bom administrador ao avaliar o retrospecto recente do atleta.
— Acho que para um administrador é um risco muito grande você renovar com um jogador por quatro anos, quando ele teve dois anos em que o desempenho não foi compatível com o que ele recebia. É só isso. O Flamengo acredita que a gente tenha o Gabigol como ele foi nos quatros primeiros anos nesse primeiro ano — finalizou Rodolfo Landim.
Sem acordo, Flamengo e Gabigol parecem viver os últimos dias do relacionamento que começou em janeiro de 2019. Não à toa, o atacante já avisou que não vai ficar no clube para 2025. Enquanto isso, Landim tenta manter a própria chapa política no comando do Fla nas eleições de dezembro.