
Gazeta Esportiva.com
·13 de junio de 2025
Justiça nega nova ação de aliado de Augusto que tentava reconduzi-lo ao poder no Corinthians

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·13 de junio de 2025
Mais um aliado de Augusto Melo foi derrotado na Justiça. Nesta sexta-feira, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo rejeitou a ação do sócio Leonel Augusto Gonçalves da Silva, cujo objetivo era tentar reconduzir o presidente afastado ao poder no Corinthians.
A ação foi protocolada na última quinta-feira e negada nesta sexta na Vara Cível do Foro Regional VIII do Tatuapé, em São Paulo. A decisão foi proferida pelo juiz de direito Dr. Alberto Gibin Villela. No documento, ao qual a Gazeta Esportiva teve acesso, o juiz afirmou que não há “nada a reconsiderar”.
O Dr. Alberto Gibin Villela ainda enfatizou na decisão o fracionamento de diversas ações com o mesmo propósito: o de reconduzir Augusto Melo ao cargo. Ele classificou como “discutível” a “legitimidade de distribuição de feitos em que se postula direito de um terceiro, ainda que fossem distintos os seus objetos”, o que não se verifica.
Por fim, o juiz ainda argumentou que, neste sentido, seria “impositivo” aplicar o disposto no Art. 55, parágrafo 3º do Código de Processo Civil. Tal artigo diz respeito à possibilidade de julgamento conjunto de processos se houver risco de decisões conflitantes ou contraditórias caso julgados separadamente, mesmo que não haja conexão entre eles.
Após a negativa da Justiça, Leonel Augusto Gonçalves da Silva retirou a ação. Quando protocolou a petição, ele pedia uma liminar para que Augusto fosse restituído à presidência do Corinthians, acionando o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, o presidente em exercício, Osmar Stabile, e o próprio clube. Ele atuava como assessor da bocha no Parque São Jorge e era próximo de Claudinei Alves e Valmir Costa, outros partidários de Melo.
No pedido rejeitado nesta sexta-feira, o associado ainda chegou a alegar que o afastamento do mandatário teria causado a perda de um acordo de naming rights do CT Dr. Joaquim Grava com o grupo Mercado Livre, além do contrato de fornecimento de material esportivo com a Adidas.
Os demais argumentos utilizados foram os mesmos já indeferidos pelo Tribunal de Justiça, o que foi citado pelo juiz Dr. Alberto Gibin Villela na decisão. Na última terça-feira, os conselheiros Mario Mello, Ronaldo Fernandez Tomé, Maria Ângela de Sousa Ocampos e Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos tiveram insucesso em uma ação contra o Corinthians, Romeu e Stabile pedindo a validação do ato de Augusto Melo no último dia 31 de maio.
Na oportunidade, Augusto se dirigiu ao Parque São Jorge com alguns aliados e tentou reassumir a presidência do Corinthians através de um documento, assinado por Maria Ângela. O ofício, no entanto, não foi reconhecido por Stabile por não haver validade.
Maria, que atua como 1ª vice secretária do Conselho Deliberativo, se intitulava presidente interina do órgão já que, em seu entendimento, Romeu deveria estar afastado e o sucessor imediato do posto, o vice Roberson de Medeiros, o ‘Dunga’, estava de licença médica. A conselheira, então, dizia ter anulado todos os atos conduzidos por Tuma desde o dia 9 de abril, dentre eles, a votação que aprovou o impeachment de Augusto pelo caso VaideBet, e determinava que o presidente afastado deveria ser reconduzido ao cargo.
Para defender a tese, os aliados de Augusto se sustentam nos Artigos 28, letras D e E, e 30 do estatuto do Corinthians. No entanto, como já publicou a Gazeta Esportiva, estes artigos são pertinentes aos associados do clube social, e não aos conselheiros eleitos.
Além disso, na última quinta-feira, a Gazeta Esportiva publicou, com exclusividade, irregularidades do ato liderado por Augusto Melo que foram expostas por Rodrigo Bittar, membro da Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians.
Augusto Melo ainda pode retornar à presidência do clube através da Assembleia Geral dos sócios, que irá ratificar ou não a decisão do Conselho Deliberativo de afastá-lo da presidência. A reunião está agendada para o dia 9 de agosto, das 9h às 17h (de Brasília), no Parque São Jorge.