Revista Colorada
·14 de mayo de 2025
Inter em alerta: Um ano após tragédia no RS, futebol brasileiro segue sem plano para lidar com desastres climáticos

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·14 de mayo de 2025
Um ano após as enchentes históricas que devastaram o Rio Grande do Sul em 2024, o futebol brasileiro ainda não conta com um plano nacional para enfrentar os eventos climáticos extremos que se tornam cada vez mais comuns.
A tragédia que matou mais de 180 pessoas, desalojou milhares de famílias e causou estragos profundos em infraestrutura, inclusive em clubes como Internacional e Grêmio, escancarou a vulnerabilidade do esporte diante da crise climática — mas pouco mudou desde então.
A falta de prevenção, combate e adaptação segue sendo a regra em um país que, só no último ano, enfrentou ondas de calor, seca na Amazônia, incêndios recordes no Pantanal e chuvas torrenciais no Sul.
Mesmo com essa realidade alarmante, nenhuma diretriz nacional foi criada para orientar clubes, federações ou estádios sobre como se preparar para esses eventos.
O Internacional, diretamente afetado pela enchente de 2024, adotou medidas pontuais. Segundo Guilherme Mallet, vice-presidente de Planejamento do clube, o Colorado implementou materiais mais robustos na reconstrução do CT profissional e elaborou um plano de evacuação.
“O tópico das mudanças climáticas está entre as ameaças em nosso cenário. Não apenas pelo impacto patrimonial direto, mas por todo o problema social e econômico que isso pode ocasionar no RS e no Brasil”, afirmou o dirigente.
Apesar disso, especialistas ouvidos pelo ge.globo afirmam que as ações do futebol ainda são insuficientes e descoordenadas. Sem planejamento, os riscos de novas tragédias permanecem altos, tanto para os clubes quanto para seus torcedores, atletas e funcionários.
Para o torcedor do Inter — e de todo o país —, fica o alerta: não é mais uma questão de “se”, mas “quando” um novo desastre climático colocará o futebol (e a sociedade) em xeque novamente. E o esporte brasileiro, até aqui, segue despreparado.