
Central do Timão
·12 de abril de 2025
Gabi Zanotti critica desempenho do Corinthians e cobra concentração total

In partnership with
Yahoo sportsCentral do Timão
·12 de abril de 2025
O Corinthians foi superado pelo Palmeiras por 2 x 1 na manhã deste sábado, 12, na Fazendinha, pela 4ª rodada do Brasileirão Feminino. Após abrir o placar com Andressa Alves, as Brabas sofreram a virada em dois lances de bola parada e amargaram mais um resultado negativo em clássicos recentes.
Uma das jogadoras mais experientes do elenco, Gabi Zanotti avaliou o desempenho da equipe e chamou a atenção para o momento da temporada e os ajustes necessários daqui em diante.
Foto divulgação: Central do Timão
“O clássico é sempre dessa forma, é um jogo sempre decidido em detalhes, as duas equipes estão ali em estado de alerta o tempo todo, muito concentradas, o nível de concentração muito alto. E no meu ver a gente fez um bom primeiro tempo, teve um bom controle da partida, criamos talvez as melhores oportunidades de gol, mas erramos ali no terço final, não conseguimos concluir em gols. E isso faz muita falta quando a gente fala de um jogo tão grande como um clássico. Eu prefiro que isso aconteça nesse momento porque liga mais ainda um estado de alerta, porque a gente sabe que a temporada é longa, depois entra a fase de mata-mata, onde quem sempre quer brigar está lá em cima na primeira colocação.”
“E esses erros não podem acontecer em jogos decisivos, em jogos de mata-mata, porque isso pode comprometer todo o nosso planejamento da temporada. Eu prefiro que isso aconteça agora porque a gente tem que corrigir esses erros. Foram dois gols de bola parada, é difícil até falar de erros individuais. Acho que o erro coletivo é o comportamento, às vezes, que se repete no dia a dia do trabalho e acaba, consequentemente, acontecendo durante a partida. Nível de atenção lá em cima, ligar esse estado de alerta aí pra que nos próximos jogos a gente siga pontuando e brigando sempre pela primeira colocação, porque lá é que a gente quer chegar.”
Zanotti também comentou sobre as cobranças da torcida direcionadas ao técnico Lucas Piccinato. Para a camisa 10, esse tipo de reação é esperado em um clube com o histórico vencedor como o do Corinthians, onde a exigência por resultados é constante.
“Ah, é normal. A nossa torcida sempre esteve acostumada a ganhar, eu também. É isso que a gente gosta, a gente vai lutar sempre, vai dar a vida dentro de campo. Então, o nosso torcedor nunca esteve acostumado com placares adversos, mas com a competitividade a cada ano que passa. As equipes acabam estudando muito mais, a gente tem muito mais relatórios sobre a nossa equipe. É normal que isso aconteça, a gente entende, compreende toda essa cobrança do torcedor. E a gente não pode deixar isso interferir dentro de campo. Talvez um ajuste ali dentro, se a gente não toma o gol, se a gente tivesse matado o jogo 2 x 1, eu não estaria dando esse discurso aqui, a torcida estaria feliz da vida. Talvez nem pensando em alguns detalhes, algumas falhas que ocorreram dentro da partida. Então é um momento de paciência, mas ao mesmo tempo um nível de concentração lá em cima, estado de alerta, porque a gente quer estar sempre brigando pelo primeiro lugar.”
A meia também abordou o processo de reformulação do elenco e o tempo necessário para que as novas atletas se adaptem ao modelo de jogo.
“É normal, né? Um ano atípico de muita reformulação, não é, Leandro? A gente dentro de campo tem que ter muita paciência porque quem tá chegando, as outras que estiveram aqui, todo mundo passou pelo processo de 2, 3 anos pra conseguir conquistar o seu espaço dentro do time, entender o modelo de jogo. Então é algo novo pra muitas dessas meninas e a gente também não pode colocar, né? Terceirizar toda essa responsabilidade. Já conversei com algumas e acho que quando a gente veste essa camisa a gente entende nosso torcedor, porque a gente vai ser cobrada sempre e a gente tem que fazer o nosso papel dentro de campo, que é dar a vida e sempre brigar pelos três pontos, como eu falei.”
Por fim, Gabi fez críticas à arbitragem, destacando a quantidade de interrupções durante a partida e como isso interferiu no ritmo do jogo.
“É bem complicado a gente falar de arbitragem, né? Eu acho que foi um jogo muito picotado, obviamente fica mais fácil pra controlar a partida, até a parte física dela, a parte de ter controle de um clássico. E pra gente, até que você iguala no intervalo, acho que é mais interessante deixar o jogo rolar um pouco mais. Futebol é jogo de contato, a gente precisa disso. Tem que se adaptar a esse tipo de partida. E pra gente, talvez nos melhores momentos do primeiro tempo, o Palmeiras, inteligentemente, foi matando as jogadas e parando. O atleta caindo, três, quatro atendimentos ali, isso vai desmotivando, querendo ou não, vai controlando aquele momento em que a gente estava dominando a partida, né? Então, obviamente, isso atrapalha, é ruim pra gente, é ruim pro torcedor, é ruim pra todo mundo, pro futebol em geral.”
Após a derrota para o arquirrival, o Corinthians voltará a campo na próxima terça-feira, 15 de abril, às 19h (de Brasília). As Brabas enfrentam o Fluminense no Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho, em Bangu, no Rio de Janeiro, pela quinta rodada do Brasileirão.
Veja mais:
En vivo
En vivo
En vivo
En vivo
En vivo