FC Porto implacável com a candonga: os prejuízos e as regras previstas | OneFootball

O FC Porto está a intensificar a luta contra a venda ilegal de bilhetes, implementando um conjunto de medidas a partir da próxima época que visam erradicar essas práticas. As alterações têm vindo a ser preparadas ao longo de vários meses, alinhando-se com iniciativas já adotadas por outros clubes europeus.

Uma das principais alterações refere-se ao processo de compra e venda de bilhetes, que será feito de forma direta e individual, através de uma nova plataforma digital que exigirá a autenticação de todos os sócios e adeptos. Com isso, os bilhetes tornar-se-ão nominais e utilizarão a tecnologia NFC, semelhante ao que já ocorre na Zona com Condições Especiais de Acesso e Permanência de Adeptos (ZCEAP) e com o novo cartão de sócio.

Esta decisão resulta de uma análise realizada nos últimos meses pelo FC Porto, que identificou centenas de casos de utilização abusiva ou irregular de bilhetes de sócios e de lugares anuais, o que teve um impacto negativo nas finanças do clube, estimado em centenas de milhares de euros.

De acordo com informações obtidas pelo nosso jornal, os dragões estão a considerar a possibilidade de tomar medidas disciplinares contra os infratores, proibindo o acesso a todos os recintos do clube a partir do próximo mês, e não se exclui a possibilidade de levar os casos mais graves a tribunal.

O problema levou à implementação de regras mais rigorosas no início da época de 2024/25, que já contribuíram para a sua diminuição. Assim, foi estabelecido um controlo mais rigoroso para os sócios nas entradas de jogos de Infantis e Juniores.

Além disso, foram criadas restrições à reemissão de bilhetes e à sua distribuição individual para públicos especiais, uma vez que convites, lugares anuais e bilhetes para sócios ou entidades protocoladas, que têm preços mais baixos, eram frequentemente revendidos no mercado negro a preços superiores.