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·7 de julio de 2025
Farioli apresentado como treinador do FC Porto: “Ganhar ou ganhar? Sinto-me confortável em trabalhar e trabalhar”

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Francesco Farioli foi oficialmente apresentado como o novo treinador do FC Porto nesta segunda-feira. O técnico italiano firmou um contrato de duas temporadas, que inclui uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros.
Durante a cerimónia, que decorreu no Auditório José Maria Pedroto, o presidente André Villas-Boas expressou a sua satisfação com a contratação do novo treinador, assegurando que serão proporcionadas todas as condições necessárias, além de alterações no plantel.
Reformulação do plantel: “É com grande satisfação que vos apresento Farioli. Esta foi uma escolha ambiciosa, um treinador no qual depositamos grande confiança. O seu percurso no futebol europeu foi notável, com sucesso e uma visão clara. Escolhemos o Francesco para nos ajudar a enfrentar as próximas duas temporadas, com ênfase na primeira. O FC Porto compromete-se a disponibilizar todos os recursos necessários para que o sucesso seja uma realidade. Continuaremos a realizar alterações profundas e a renovar o nosso plantel. Temos a clara noção do que é uma equipa à FC Porto e estamos certos de que Farioli construirá uma equipa vitoriosa. Bem-vindo ao FC Porto”, declarou o presidente.
Razões para a contratação de Farioli: “Muitas das suas qualidades já se tornaram evidentes. A sua visão e entusiasmo foram determinantes. Discutimos as alterações necessárias na estrutura, e a sua clara exigência no FC Porto foi um fator crucial. O seu compromisso com a vitória é inegável. Temos uma sede de vitória que não pode ser ignorada. Farioli não hesita e é nosso dever assegurar os recursos necessários para que se alcance o sucesso.”
Vítor Bruno e Anselmi: “Os resultados são sempre a base das decisões. A partir do momento em que se escolhe um caminho, é crucial que seja sustentado por vitórias e métodos. Infelizmente, isso não se verificou, com o devido respeito por Vítor Bruno e Anselmi. A mudança no plantel e os reforços são necessários. A equipa que apresentamos no início da época tinha potencial para o sucesso. O FC Porto teve de agir de uma forma específica em janeiro para que isso fosse viável. A nossa capacidade de investimento foi afetada, mas agora estamos em posição de operar no mercado de forma mais robusta, o que pode representar um marco na nossa história.”
Lucho na equipa técnica?: “A presença do FC Porto sempre foi notada nas equipas técnicas. Embora não tenha sido o caso recentemente, é um aspeto que estamos a considerar com seriedade. Tivemos conversas com Lucho, mas não posso garantir que a sua contratação esteja finalizada. É um objetivo que ambicionamos. Queremos trazer de volta a mística do Porto, e o treinador também está de acordo. Faremos o nosso melhor para que a negociação se concretize. Se não for possível, procuraremos outras alternativas.”
Farioli expressou a sua gratidão por se juntar ao FC Porto, sublinhando que é necessário um grande esforço para devolver a equipa à luta por seus objetivos.
Trabalho árduo pela frente: “Agradeço as suas palavras e a responsabilidade que me foi conferida. É um privilégio representar um clube icónico em Portugal e na Europa. O processo foi rápido e temos um longo caminho a percorrer, com ambição e muitos objetivos. Esta é a fase certa para a próxima etapa da minha carreira. Temos grande ambição e a vontade de provar a nossa paixão, restaurando a mentalidade que desejamos ver na equipa e devolvendo o FC Porto ao seu devido lugar”, afirmou.
História e paixão: “É uma oportunidade excepcional, o clube é um histórico, e a sua história e troféus falam por si. O que o presidente e Mourinho realizaram é significativo. O clube representa uma mentalidade e um espírito inegáveis. Lembro-me de um jogo da Champions em que o Porto conseguiu uma reviravolta no último minuto. É isso que desejamos. Embora não me conheçam bem, sou extremamente apaixonado e quero representar uma equipa com essa mentalidade. Nos treinos, estabelecemos padrões elevados, não podemos perder tempo, queremos vencer e ser bem-sucedidos. Devemos operar ao mais alto nível.”
Primeiros passos: “O primeiro é estabelecer um padrão. Todos temos objetivos e queremos ganhar títulos. Sei o que é necessário para ser competitivo. Se nos distrairmos com o longo caminho à frente, podemos falhar. A jornada será longa, mas podemos ter sucesso nas diversas competições, sempre com vontade, união e espírito. A palavra ‘mentalidade’ expressa isso melhor em português do que em inglês. Se este é o maior capítulo da minha carreira? Temos de nos focar no presente, e o presente é o FC Porto. O meu percurso, os clubes por onde passei, como o Nice e os clubes na Turquia, são importantes para mim, mas representar esta cidade e estas cores é uma grande responsabilidade. Estamos no lugar certo.”
Novo desafio: “Estou ciente do desafio, e antes da entrevista, aprofundei a minha análise ao clube e à sua situação. O presidente foi muito claro e não escondeu nada. Há desafios a enfrentar, alguns mais difíceis do que outros. Para criar uma cultura específica, é necessário garantir um ambiente de trabalho confortável para os jogadores. Desde o início, dedicámos muito tempo a entender o papel de cada um. O mercado também é uma realidade. Gosto de dar oportunidade a todos para se expressarem. Tenho a minha visão, mas não quero trazer preconceitos. A minha intenção é ser direto na minha avaliação.”
Composição do plantel: “Temos uma visão clara das áreas que precisam de reforço. Como já mencionei, houve surpresas, pois às vezes um jogador que não parece ter potencial acaba por ser um dos melhores. Outros que admiramos desde o início precisam de mais tempo para se adaptarem ao que desejamos.”
Vencer é o objetivo: “Sinto-me à vontade para trabalhar arduamente. Esse é o caminho. A equipa que está ao meu lado e as que conheci no clube estão comprometidas com este projeto, e recebi total apoio. Estamos todos unidos para garantir o melhor para o FC Porto.”
Espaço para adaptação: “Ao iniciar uma nova época, há sempre a expectativa de ver inovações e um novo estilo de jogo, pois cada treinador tem a sua forma de pensar. Não me compete criticar o que foi feito antes. O clube tomou uma decisão e agora estou aqui. Estamos sempre a ser avaliados. O que foi acordado com o presidente é claro, e analisámos muitos jogos. Ele sabe como gosto de jogar. Queremos uma mentalidade clara e aberta. Acredito que a equipa ambiciona ter a posse de bola. É crucial que as pessoas acreditem no que podemos realizar. A adaptação é importante, pois as ligas, os jogadores e a história são sempre diferentes. Aprendi que é necessário ser flexível e realizar pequenas adaptações, pois há sempre espaço para isso.”
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