
Gazeta Esportiva.com
·21 de abril de 2025
Ex-goleiro Hugo Gatti, lenda do futebol argentino, morre aos 80 anos

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·21 de abril de 2025
Hugo Orlando “El Loco” Gatti, icônico goleiro do futebol argentino e ex-integrante da seleção argentina, morreu neste domingo aos 80 anos, confirmou a Conmebol.
“A Conmebol lamenta profundamente o falecimento de Hugo Orlando Gatti, uma lenda do futebol sul-americano. Condolências à sua família e amigos”, declarou a entidade que comanda o futebol sul-americano em sua conta no X.
Gatti estava hospitalizado em Buenos Aires há dois meses com uma fratura no quadril, mas sua saúde havia se deteriorado devido à pneumonia, além de insuficiência renal e cardíaca.
O último relatório médico indicou que ele sofria de “pneumonia e insuficiência cardíaca e renal”, razão pela qual ele foi colocado em “coma induzido”.
Neste domingo, familiares autorizaram a retirada da ventilação mecânica devido ao seu estado irreversível, segundo fontes da imprensa local.
O presidente argentino Javier Milei também expressou suas condolências ao antigo ídolo do Boca Juniors. “Adeus colega (se me permite)”, escreveu no X o presidente, que foi goleiro nas categorias de base do Chacarita e do San Lorenzo.
Nascido em agosto de 1944 em Carlos Tejedor (província de Buenos Aires), Gatti detinha o recorde de jogos na primeira divisão argentina, com 765 partidas entre 1962 e 1988, quando tinha 44 anos e ainda jogava pelo Boca Juniors na primeira divisão.
“O Club Atlético Boca Juniors lamenta profundamente o falecimento de Hugo Orlando Gatti, ídolo eterno e multicampeão xeneize. Adeus, Loco!”, lamentou o Boca Juniors em sua conta no X.
Conhecido por sua personalidade extrovertida, ele foi um dos primeiros goleiros a frequentemente sair de baixo da da baliza para dominar toda a área e a ser um bom jogador com os pés. Ele também chamou a atenção com declarações polêmicas como na vez em que chamou Diego Maradona de “gordito”, e Maradona respondeu dias depois com quatro gols.
Seus títulos mais importantes foram a Copa Libertadores de 1977 e a Copa Intercontinental de 1978 pelo Boca, incluindo um pênalti defendido na primeira Libertadores pelos ‘Xeneize’ em um dramático playoff contra o Cruzeiro no Estádio Centenário de Montevidéu, lance que o colocou na história do clube ‘auriazul’.
Ele também fez parte da seleção argentina durante o ciclo de César Luis Menotti e quase se tornou o goleiro da seleção que se tornaria campeã mundial em 1978, mas uma lesão no joelho o deixou fora de campo poucos meses antes da Copa do Mundo na Argentina.