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·30 de junio de 2025

Di María emociona-se na despedida: “O Benfica é a minha casa”

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Na despedida oficial do Sport Lisboa e Benfica, Ángel Di María concedeu uma entrevista emotiva aos meios do clube, revisitando o seu percurso na Luz e revelando o que o liga de forma tão profunda aos encarnados. O internacional argentino, que regressou ao Benfica na última época depois de ter iniciado a sua aventura europeia no clube, deixa Lisboa com o coração cheio e com a palavra cumprida.

Questionado sobre a decisão de voltar ao Benfica e agora regressar ao Rosario Central, Di María explicou: “Disse muitas vezes quando vim para o Benfica que queria voltar a vestir esta camisola; para mim é como a minha casa, foi o meu primeiro clube na Europa, cheguei aqui com 18 anos, com o meu pai, a minha mãe e as minhas irmãs e desde o primeiro dia senti o carinho e o amor das pessoas. Passei 3 anos maravilhosos e quando tive de ir foi duro, custou muito. Tinha a esperança de voltar a vestir esta camisola. E vou com a alegria de ter voltado, de ter cumprido a minha palavra de regressar novamente ao Benfica. Também disse que tinha muita vontade de terminar no Rosário Central, o meu clube, na minha casa, onde me formei, de onde saí. É um final mais do que sonhado.”


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Sobre o futuro da sua carreira e a possibilidade de continuar a jogar ao mais alto nível: “Não sei, tenho um ano de contrato, vou ver como me sinto, mas acho que tenho condições de continuar a um bom nível. Acho que o mostrei no Mundial de Clubes… tenho a esperança de fazer mais alguns anos, mas dependerá de como me sentir.”

Recordando o momento da final da Taça de Portugal, onde o Benfica foi derrotado: “Tinha a esperança de ganhar o 39, de poder conquistar também a Taça, tínhamos ganho a Taça da Liga e isso tinha-me deixado muito feliz, queria os três títulos, mas enfim… Foi difícil para mim, foi um conjunto de coisas, saber que era o meu último jogo em Portugal, em Lisboa, onde fui muito feliz. Não consegui dar essa alegria aos benfiquistas e isso doeu-me muito. Mas penso que vou tranquilo porque ganhei tudo o que se podia em Portugal nos 5 anos que cá estive, pude voltar e mostrar que cumpri com a minha palavra de vestir outra vez esta camisola.”

Sobre o ambiente vivido nesse último jogo no Estádio Nacional: “Era o último jogo, não pude dar essa alegria aos adeptos, o estádio estava cheio, havia muitos benfiquistas a puxar do primeiro ao último minuto. Saio tranquilo mas um pouco magoado por não ter conseguido dar-lhes mais essa alegria.”

Sobre a sua ligação à Luz e a frustração pelas lesões: “Pelo carinho que me deram durante cinco anos, fui, voltei, quis voltar a vestir esta camisola, podia ter ido para qualquer parte do mundo mas decidi voltar ao Benfica. Doeu-me muito também não poder ter jogado mais no Estádio da Luz, por lesões, mas o que queria era mostrar o meu amor a todos os benfiquistas e acho que consegui.”

Recordando o dia da sua apresentação aos adeptos, com milhares na Luz: “Nunca pensei que podia acontecer, foi um momento importante, um jogador estrangeiro que volta depois de uns 15 anos e ser recebido desta maneira… O carinho que me deram tentei devolver dentro de campo e esse dia vai ficar na minha história. Aconteceu-me muitas poucas vezes, pode acontecer no Rosário Central, vai ficar na minha memória.”

Agradecendo o apoio incondicional dos benfiquistas: “Só tenho palavras de agradecimento aos benfiquistas. Cheguei com 18 anos, sem ganhar nada, com a minha família, as pessoas adotaram-me como um menino da casa, foi incrível. Por isso essa vontade de querer voltar a vestir a camisola do Benfica, estou-lhes eternamente agradecido. Espero algum dia voltar de outra forma e continue a ter este carinho.”

Sobre o apoio em todas as competições: “Onde vamos, seja Champions, Mundial de Clubes, Taça, campeonato, jogamos sempre em casa. Até quando estou de férias em qualquer lado do mundo aparecem benfiquistas…”

Reflexão sobre o regresso ao clube e o que faltou: “Vale sempre a pena voltarmos onde nos sentimos em casa. Como disse, tenho pena de não ter podido dar mais títulos aos benfiquistas, que nos apoiam sempre, viajam para todo o lado, é o que me entristece.”

Sobre o jogo com o FC Porto e o momento de forma: “Nessa fase, de um mês, mês e meio, dois meses, estava num alto nível, sentia-me, com alta confiança, as coisas saíam-me naturalmente. É difícil fazer dois golos num clássico, foi um jogo incrível em todos os sentidos. Vai ficar na história do clube, para mim e para todos os benfiquistas.”

Sobre a decisão de sair da Argentina rumo ao Benfica, ainda adolescente: “É difícil sair do nosso país, o dia em que decidi ir para o Benfica disse à minha família ‘ou vamos todos ou não vou’. Aceitaram vir, tomar essa responsabilidade de depender de mim e isso foi um dos momentos mais bonitos da minha carreira. Cheguei, assinei com este clube e a minha vida mudou para sempre.”

Memória de um golo especial com Diego Maradona nas bancadas: “Incrível. Aqui passei momentos históricos e bonitos. Que o Diego tenha vindo ver-me… Foi um momento único, tinha vontade de jogar, vinha aí o Mundial de 2010, a minha presença dependia um pouco desse jogo. Marquei um bonito golo, ele saiu contente e tive a possibilidade de ir ao meu primeiro Mundial.”

Onde jogou melhor ao longo da carreira: “O meu terceiro ano aqui foi um grande ano, o quarto ano no Real Madrid também foi espetacular, em que ganhámos a Champions, inesquecível porque estava a jogar numa posição em que não estava habituado, no meio. Mas depois os meus melhores anos foram no PSG, esses 7 anos foram inesquecíveis, com títulos em quase todos os anos, dando o meu melhor em todos os jogos, fazendo recordes históricos de assistências, golos… Foram dos melhores.”

Sobre a amizade e convivência com Otamendi: “Somos muito unidos, também ao nível das famílias, conhecemo-nos há muito tempo da seleção da Argentina, de viagens… Poder viver com ele no mesmo clube é diferente de estar na seleção. Passei dois anos maravilhosos com ele, com a sua família, partilhámos churrascos, jantares, aniversários, momentos inesquecíveis. Levantámos uma taça… Foram dois anos incríveis com ele.”

Sobre o lugar que ocupa na história do futebol: “Essa pergunta é mais para os outros do que para mim… É difícil de responder, o que posso dizer é que cheguei como uma criança e hoje saio como um adulto. Tudo o que aconteceu na minha carreira vivi sempre da mesma forma, aos 18 ou aos 37 anos, cada título foi uma alegria imensa, seja o Mundial ou outro qualquer. Desde que comecei a jogar o que queria era desfrutar do futebol, divertir-me, ser feliz, sorrir. Tudo o que veio foi graças a essa alegria que tento dar às pessoas e a mim mesmo dentro de um campo de futebol. Os títulos e onde estou, em cima, em baixo ou a meio, depende do que as pessoas quiserem dizer. O importante para mim é a minha família e o que desfrutei na minha carreira.”

Sobre os companheiros mais talentosos com quem jogou: “É muito difícil poder escolher um. Tive a oportunidade de jogar com uma geração incrível, com o Leo, com o Cris, com Ibrahimovic, com Rooney, Van Persie, com Mbappé, Neymar… É muito difícil, são todos de topo no ranking dos melhores e é difícil escolher um. Tive a sorte de partilhar o balneário com jogadores com um talento incrível.”

O defesa mais difícil de ultrapassar: “Normalmente passo por todos… Não joguei contra ele, mas sim em treinos, o Cuti Romero, que está no Tottenham, é um dos jogadores ou defesas mais difíceis para passar em todos os sentidos, pela velocidade, pela força. É o jogador.”

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