Jogada10
·6 de agosto de 2025
Denúncias citam milicianos de Bangu e funcionários do Vasco em plano de sequestro de Pedrinho

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·6 de agosto de 2025
A Delegacia Antissequestro do Rio de Janeiro abriu inquérito para apurar um plano de sequestro contra Pedrinho, presidente do Vasco, a partir de dois relatos anônimos — recebidos nos dias 28 de julho de 1º de agosto. Os registros citam, de forma explícita, a participação de milicianos de Bangu, bairro da Zona Oeste carioca, no planejamento do crime. Além disso, dois funcionários do clube estariam envolvidos no esquema.
De acordo com a denuncias, o grupo criminoso trabalhava com a intenção de abordar o presidente até esta quarta-feira (06), nas redondezas de São Januário. O plano envolvia disfarces de empresários para atraí-lo e, em seguida, obrigá-lo a realizar transferências bancárias via Pix. Ainda segundo o g1, o mesmo informante indicou o envolvimento de dois funcionários do Cruz-Maltino.
A Polícia Civil informou oficialmente ao presidente sobre a existência das denúncias na última terça-feira (05). Após comunicá-lo, os agentes também o aconselharam a reforçar sua segurança pessoal. O Vasco da Gama manteve as atividades programadas para esta quarta-feira (06).
Após tomar conhecimento da situação, o presidente cruz-maltino classificou a nova ameaça como intolerável. Isso porque o mandatário tem sofrido recorrentes intimidações e teve, inclusive, seu endereço vazado nas redes sociais recentemente.
“Depois das ameaças de morte e da divulgação do meu endereço, agora fui surpreendido com a informação sobre uma denúncia de tentativa de me sequestrar. As pessoas estão ultrapassando todos os limites. Inaceitável. Confio nas autoridades policiais e tenho certeza que, em breve, os culpados estarão punidos”, declarou o dirigente.
A Delegacia Antissequestro confirmou que a investigação permanece em estágio inicial, com todos os protocolos de segurança em execução. Já o Vasco informou que está prestando total apoio às autoridades e colaborando integralmente com o inquérito em curso.
Em novembro do ano passado, o presidente recebeu mensagens de conteúdo violento em um grupo de WhatsApp. Algumas, aliás, envolviam ameaças diretas contra ele. Já em julho deste ano, o dirigente relatou que um influenciador divulgou seu endereço residencial nas redes sociais — o que naturalmente aumentou sua sensação de vulnerabilidade.
“Recebo ameaça de morte o tempo inteiro. Mas ele passou dos limites quando publicou meu endereço”, declarou o mandatário em coletiva.
Na mesma ocasião, Pedrinho criticou o que considera excesso de hostilidade no ambiente esportivo: “A emoção não dá direito a nada. Nem à agressão, incentivo à violência e muito menos divulgar meu endereço. A partir de hoje, qualquer coisa que aconteça comigo ou com minha família, ele é suspeito. As pessoas não têm direito a achar que, por causa do futebol, podem fazer tudo”, protestou.
Polícia avalia denuncias de plano contra presidente do Vasco – Foto: Reprodução Youtube canal @colinaemfocoofc
O episódio ocorre em um período de instabilidade dentro e fora de campo no Vasco. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, a equipe ocupa a 17ª posição — com apenas 15 pontos em 48 disputados. O mandatário ainda tem sofrido com a insatisfação predominante da torcida, especialmente em relação às contratações nesta janela.
Pedrinho assumiu a presidência do Vasco em janeiro de 2024, quando a gestão do futebol ainda estava sob controle da empresa 777 Partners. Quatro meses depois, uma liminar judicial devolveu o comando esportivo ao clube e transferiu a responsabilidade à atual administração. Desde então, a relação com torcedores tem oscilado entre expectativa e insatisfação.
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