Zerozero
·26 de noviembre de 2024
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Na véspera do regresso aos palcos da Liga dos Campeões, a comitiva do Benfica foi até ao Stade Louis II - uma casa historicamente complicada - para o habitual walkaround e também para a conferência de imprensa de antevisão ao jogo. Além de Bruno Lage, falou à imprensa foi a única águia que tem no currículo uma passagem pelo adversário de quarta-feira: Florentino Luís.
Foi há quatro anos, em 2020/21, essa primeira experiência do médio defensivo fora do clube onde foi formado. Tinha somado minutos importantes nas duas temporadas anteriores, incluindo sob o comando de Bruno Lage, mas a chegada de Weigl mais tarde de Jorge Jesus para a saída. Por empréstimo sem opção de compra, tal era a crença do Benfica nas suas capacidades...
Ainda assim, a cedência ao clube do Principado não foi um sucesso. Foi maioritariamente suplente de um jovem Tchouaméni e jogou apenas 264 minutos divididos por 11 jogos - um mínimo na carreira. Em retrospetiva, Florentino olha para essa temporada como uma que foi particularmente importante para ganhar tino:
«Já lá vai algum tempo desde a última vez que estive aqui neste estádio... Acima de tudo, mais até do que tecnicamente, acho que fiquei uma pessoa mais madura. Ao estar mais maduro, consegui mais constância no meu jogo. Essa é a parte em que evoluí mais e permitiu-me ser mais confiante, ter melhores resultados e ser a pessoa que eu sou hoje», começou, em conferência de imprensa.
Florentino referiu-se ao Monaco como uma «equipa equilibrada, com jovens e muita qualidade», antes de uma vez mais recordar essa passagem pelo clube que agora defrontará. Mesmo não tendo corrido bem, descreveu essa cedência como «necessária»:
«Foi necessária, porque hoje vejo as coisas de forma diferente. O futebol que tenho hoje deve-se também às pessoas que me ajudaram nesse momento mais difícil. Faz parte, um jogador tem de saber lidar com as coisas boas e más, ter um equilíbrio, para nunca ir abaixo nos momentos maus e nunca me deslumbrar nos momentos bons.»
Questionado sobre o facto de ainda não ter chamado à seleção, Florentino mostrou uma boa dose dessa maturidade que tanto referiu, dizendo que «não há injustiça» porque não é ele quem decide.
Essa visão sóbria foi também confirmada minutos mais tarde pelo treinador, quando o jogador já assistia à segunda metade da conferência de imprensa pela porta da sala. Bruno Lage, olhando para o contraste entre o primeiro Florentino que conheceu e o atual, apontou para esse crescimento e consistência:
«Cresceu muito com jogador e como homem. Reflete muito a mentalidade dele. Prepara-se sempre da mesma maneira, tem uma mentalidade muito forte. Quando joga, rende e corresponde. Temos um atleta e um homem com uma maturidade muito boa e isso é o mais importante.»