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MundoBola Flamengo

·3 de julio de 2025

De lições valiosas a falhas que custaram caro: o saldo do Fla na Copa do Mundo de Clubes

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A queda na Copa do Mundo de Clubes doeu na Nação Rubro-Negra, naturalmente, mas deixou lições que o Flamengo precisa absorver para o restante da temporada e além. A trajetória trouxe vários pontos positivos, mas também outros negativos e pontos de atenção importantes para o futuro.

Abaixo, o MundoBola Flamengo cita aspectos positivos e negativos que o Rubro-Negro traz na bagagem dos Estados Unidos após a Copa do Mundo de Clubes.


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Premiação

Os gordos montantes pagos pelas premiações da Copa do Mundo de Clubes serão obviamente importantes para o Flamengo no restante do ano — inclusive com a janela se aproximando.

Pela campanha nos Estados Unidos, a premiação total do Flamengo ficou em cerca de R$ 153 milhões. Com a saída de Gerson e a chegada da janela de transferências, é um forte incremento para que o Mais Querido consiga fortalecer a equipe.

Vitória sobre o Chelsea

Seria impossível relembrar os principais momentos da Copa do Mundo de Clubes sem falar sobre a vitória sobre o Chelsea, pela segunda rodada do torneio. E não apenas pelo resultado.

Apesar de sair atrás, o Flamengo comandou as ações da partida, manteve o próprio estilo e não se acovardou perante o rival. No segundo tempo, construiu a tão merecida virada após muita pressão.

O triunfo não só garantiu a classificação e o primeiro lugar do Grupo D — o que viria a ser péssimo no sorteio —, mas deixou claro que o Flamengo segue em condições de competir com as principais equipes do mundo. Essa noção foi reafirmada contra o Bayern de Munique, apesar do revés.

Encontro com rubro-negros que moram fora

Realizada nos Estados Unidos, a competição proporcionou um momento raro aos torcedores do Flamengo que moram no país: assistir ao time de forma competitiva.

Afinal de contas, o Flamengo até jogou nos Estados Unidos em tempos recentes, inclusive na pré-temporada de 2025. A questão é que tratam-se de jogos sempre amistosos.

Dessa vez, os rubro-negros que moram no exterior puderam acompanhar a equipe jogando em intensidade máxima — e contra grandes rivais, como Chelsea e Bayern de Munique. Uma oportunidade única para todos os envolvidos.

Primeiros passos de Jorginho

Principal reforço da temporada, o volante Jorginho já chegou com a titularidade na Copa do Mundo de Clubes e mostrou credenciais importantes logo de cara, com domínio absoluto sobre o meio-campo.

Calmo e com técnica refinada, Jorginho faz jus à espera em seus primeiros movimentos pelo Flamengo e encontra soluções bastante incomuns para o cenário atual do futebol brasileiro.

Um dos exemplos é o passe para o segundo gol do Flamengo sobre o Espérance, marcado por Luiz Araújo. Mesmo com o camisa 7 marcado, Jorginho encontrou um passe vertical e rompeu a linha de defesa do time tunisiano, deixando o atacante em condições de finalizar.

Além disso, Jorginho demonstrou perfil de liderança desde os primeiros momentos. O Flamengo chegou a tomar um susto com o gol do Chelsea, originado em uma falha de Wesley, e o ítalo-brasileiro foi visto motivando o lateral-direito e o time como um todo. Também foi participativo nas paradas técnicas.

Léo Pereira

Outro que saiu com moral do torneio, Léo Pereira vinha sofrendo algumas críticas nos meses recentes — mas teve bom desempenho nos Estados Unidos e não pode ser diretamente culpado pela eliminação.

Léo foi titular e ficou todos os minutos em campo nas três partidas em que atuou na Copa do Mundo. A única exceção foi contra o Los Angeles FC, em que Filipe Luís poupou o defensor.

Na partida contra o Chelsea, o técnico optou por uma linha defensiva mais focada em velocidade e sacou Léo Ortiz para colocar Danilo, mantendo Léo Pereira na formação inicial.

A escalação levantou algumas dúvidas na torcida, mas o zagueiro teve boa atuação — assim como a zaga no geral — e foi importante também para o controle do Flamengo no jogo.

Eliminação

A queda contra o Bayern de Munique deixa uma série de lições, obviamente. Nenhuma delas, porém, relacionada ao estilo de jogo empregado contra o time alemão — que está acostumado a amassar adversários que entram em campo para se defender.

A questão, porém, é que não se pode entrar em um jogo tão grande com qualquer dose de falta de concentração. Seja por qual motivo for, os dez minutos iniciais do Flamengo não existiram, o que resultou em um 2 a 0 para um dos melhores times do mundo e uma partida totalmente condicionada.

A partir daí, o Flamengo colocou a cabeça no lugar e começou a jogar, mas sofreu de um segundo pecado: os erros individuais, que já haviam aparecido antes — mas custaram caro mesmo contra o Bayern.

Se o erro de Wesley no gol do Chelsea pôde ser revertido, a falta de ação na marcação a Leon Goretzka e o chutão desastrado de Luiz Araújo no terceiro gol do Bayern não tiveram a mesma sorte.

Assim como a sequência errada de dribles do camisa 7 no segundo tempo, perdendo a bola e resultando no quarto gol do Bayern de Munique. Erros que custaram caro, mas que acabam encobertos em jogos com resultados positivos. Contra a equipe alemã, não houve perdão.

Baixo aproveitamento de Pedro

Principal atacante do Flamengo, convocado para a Seleção e considerado um dos melhores da posição no Brasil, Pedro atuou por 146 minutos (excluindo acréscimos) na Copa do Mundo de Clubes.

Somando os jogos contra Bayern de Munique e Chelsea, o atacante teve a marca de um minuto, enquanto os outros 145 foram contra Los Angeles FC e Espérance. Contra os alemães, nem entrou.

Seja pela falta de combate sem a bola nos pés ou alguma questão física, já que ficou fora por cerca de sete meses devido a uma lesão, ver Pedro jogar tão pouco em uma competição de tal porte é certamente algo fora do esperado no Flamengo.

O atacante voltou voando de lesão, até de forma surpreendente, e então passou por uma queda natural em termos físicos. Mesmo assim, ter um atacante de tão alto nível e não usá-lo contra as principais equipes do torneio gerou discussões em torno do assunto. A ver como Filipe Luís lidará com o tema.

Arrascaeta

Apesar de ter dado a assistência para o gol de Gerson, Arrascaeta teve dificuldades de aparecer contra o Bayern de Munique e saiu com 12 minutos do segundo tempo, um a mais que no confronto com o Chelsea.

Por mais que tenha feito apresentações melhores nos duelos contra Espérance-TUN e LAFC, o fato é que Arrascaeta não esteve em seu melhor nível nesta Copa do Mundo de Clubes.

Nada alarmante, obviamente, mas remonta ao fato de que o Flamengo não tem um substituto para o jogador. Com grau de importância obviamente elevado, o uruguaio voltou a ser criticado por uma suposta falta de intensidade e ainda viu questões voltarem à tona sobre poder jogar com Pedro.

Jogadores pouco aproveitados

O Flamengo fez boas apresentações na Copa do Mundo de Clubes, mas o fato é que alguns atletas não conseguiram aproveitar a competição em termos de minutagem.

Única contratação da temporada para o ataque, Juninho segue sem emplacar com o Manto e não passou de nove minutos na Copa do Mundo de Clubes, todos contra o LAFC — quando o time já estava classificado e não entrou com todos os titulares.

Michael é outro que não sai comemorando, com apenas 49 minutos em campo — sendo um contra o Chelsea, 31 contra o LAFC e 17 frente ao Espérance. Não entrou contra o Bayern de Munique.

Por fim, Everton Cebolinha fez 60 minutos, nenhum deles contra os times mais temidos do torneio. Como entrou no final do jogo com o Espérance, restando um minuto para o fim, praticamente só jogou contra o LAFC.

As participações mostram que os jogadores estão longe do prestígio neste momento de outros atletas, como o próprio Luiz Araújo e Gonzalo Plata (que foram titulares), mas também como Bruno Henrique — que apesar do banco, contribuiu mais em campo, principalmente contra o Chelsea.

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