Zerozero
·12 de julio de 2025
Controlo, coordenação e pressão: os destaques do terceiro teste do SC Braga

In partnership with
Yahoo sportsZerozero
·12 de julio de 2025
Após a terceira vitória em três jogos na pré-época, o zerozero decidiu avaliar as novidades do SC Braga para 2025/26. O triunfo (1-2) diante do Panathinaikos voltou a trazer bons sinais sobre a equipa agora orientada por Carlos Vicens, que deve estar contente com as várias caras novas ao seu dispor.
Posto isto, se não pôde acompanhar a partida, fique com o registo dos destaques (podem incluir-se reforços), reforços, regressos e dos miúdos lançados pelo técnico espanhol.
Leonardo Lelo: foi o elemento mais interventivo dos elementos mais recuados do SC Braga, destacando-se pela projeção ofensiva que conseguiu emprestar através da largura que foi conseguindo obter. Surgiu várias vezes como um autêntico extremo, revelando um entendimento interessante com Ismaël Gharbi, que foi oferecendo opções de passe ao lateral luso em zona interior. Tal como se antevia, é um concorrente à altura do talento de Chissumba.
Sandro Vidigal: único jovem da formação lançado neste jogo por Carlos Vicens, Sandro Vidigal continua a dar mostras de que pode vir a ganhar um lugar nesta equipa dos Gverreiros do Minho. É imprevisível, talentoso com a bola nos pés e vai reunindo a personalidade para bater o adversário direto, apesar dos tenros 17 anos de idade. A seguir bem de perto.
Gharbi: não marcou, não assistiu, saiu ao intervalo, mas demonstrou um compromisso de alto nível para com as ideias da equipa. Enérgico e sincronizado na altura de travar as investidas do Panathinaikos - fez várias faltas cirúrgicas -, fletiu para zonas interiores para que Lelo surgisse em modo locomotiva pela esquerda. Além de providenciar o espaço para o ex-Casa Pia, foi nesses terrenos que mais fez valer da sua capacidade técnica em capacidade de desequilíbrio em prol da equipa.
Ricardo Horta: um pouco à imagem de Gharbi, surgiu em zonas interiores com a missão de improvisar situações de criação em frente ao último terço, depois de efetuada a transição ofensiva bracarense. Mostrou-se a bom nível na definição e abriu o marcador com uma bela finalização precipitada pela capacidade de pressão da linha mais adiantada dos Gverreiros. Os anos vão passando, mas o espaço na equipa continua intacto para o eterno capitão bracarense.
Gorby: entendeu-se às mil maravilhas com João Moutinho num meio-campo a dois elementos que, a julgar por esta amostra, tem todas as condições para segurar a casa das máquinas arsenalista. Poço de boas decisões, foi fundamental para o equilíbrio, ocupação de espaços e transições ofensivas da sua equipa.
João Moutinho: apesar da idade, o internacional português mantém a qualidade intacta. Ao lado do médio francês, Moutinho geriu o encurtamento de espaços de atuação do Panathinaikos, orientando da melhor forma e em conjunto com Gorby os vários momentos da sua equipa. Essencialmente, foi a partir desta dupla comandada pelo médio luso que o SC Braga teve o condão de controlar os acontecimentos da partida, mesmo quando sem bola.
Gustaf Lagerbielke: no segundo jogo com as cores arsenalistas, o internacional sueco manteve a segurança ao lado de Paulo Oliveira e Bright Arrey-Mbi. Confortável com a bola nos pés, pode tornar-se o elemento-chave na saída a jogar dos Gverreiros.
Alaa Bellaarouch: Tranquilo sempre que foi chamado, não foi testado vezes suficientes para se dizer que tenha sido uma bela exibição. Ainda assim, parece deter a serenidade para lutar pela baliza com Hornicek.
Dorgeles: entrou no decorrer da segunda parte, surgiu descaído sobre a meia direita, mas, naturalmente, ainda não demonstrou o entrosamento necessário com a restante equipa. Vai crescer com as semanas de treino e de convívio com as ideias do seu treinador.
Djibril Soumaré: com um estilo diferente de Gorby ou João Moutinho, Soumaré tentou ser um polvo como elemento mais recuado do miolo arsenalista. Se em alguns momentos o conseguiu ser pela forma como se libertou da oposição e fez girar o jogo através da boa capacidade de passe que detém, também perdeu algumas bolas proibidas, expondo de forma desnecessária os companheiros da linha defensiva. Pormenores a rever, num jogador que muito cresceu no Nacional.
Chissumba: rendeu Leonardo Lelo ao intervalo e, não tendo estado tão dinâmico do ponto de vista ofensivo, cumpriu bem e soube segurar a oposição pelo seu corredor numa segunda etapa de evidente crescimento do Panathinaikos. Ainda se aventurou no último terço, mas foi algo indeciso na hora de definir.
Yanis da Rocha: procurou conferir qualidade na saída a jogar sobre a direita e foi-se entendendo bem nas coordenações defensivas com Nuno Matos, nos momentos com e sem bola. Podia ter feito o 1-3, preferiu assistir e não conseguiu fechar o jogo em beleza. Oportunidade bem aproveitada.
Nuno Matos: alinhou perto de Yanis da Rocha como central do lado direito, exibindo-se a bom nível durante grande parte do período que esteve em campo. Ainda em fase de adaptação às ideias de Vicens e à primeira equipa arsenalista, tardou na recuperação posicional no momento do golo de Ioannidis.
Diego Rodrigues: bons pormenores e visão de jogo, tal como tem sido apanágio sempre que joga.
Thiago Helguera e Kauan Kelvin: Depois da titularidade contra o Wolfsberger somaram mais alguns minutos. Desta vez, sem grande tempo para causar boa impressão.
João Carvalho: entrou nos últimos minutos e revelou a atenção necessária nos poucos momentos em que foi necessária a sua intervenção.