Fala Galo
·30 de octubre de 2024
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Foto: Pedro Souza Matéria: Danielly Camargos
Antes do Atlético dar mais um passo na Copa Libertadores, as adversidades cruzaram o caminho do time rumo ao Monumental Núñez para a partida contra o River Plate, nesta terça-feira (29), pela semifinal da Libertadores. Foguetório no hotel, atraso no deslocamento e insultos racistas fazem parte da lista.
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Durante coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (30), em Buenos Aires, o diretor de futebol do Galo, Victor Bagy, lamentou o comportamento ‘arcaico’ dos torcedores argentinos, mas declarou que isso vira motivação para os jogadores.
“Sinceramente, ninguém ficou surpreso com o que aconteceu. Infelizmente, já esperávamos que isso acontecesse. É uma competição com status e glamour muito grande, mas ainda com alguns pensamentos arcaicos, como hostilizar adversário, atrasar ônibus, soltar foguete na véspera do jogo. São pensamentos da década de 1960. Para nós, isso não gera desconforto. Pelo contrário, isso gera uma mobilização maior”, declarou o ex-goleiro.
ATRASO NA CHEGADA AO ESTÁDIO
Victor detalhou a dificuldade do Atlético para chegar ao estádio. Ele ressalta que toda a logística planejada com antecedência foi desrespeitada e que questões de segurança favoreceram o atraso do jogo. A partida estava planejada para começar às 21h30 (de Brasília), mas a bola só rolou 15 minutos depois, devido aos problemas enfrentados pelo Atlético ao deixar o Hotel Marriott Buenos Aires, onde a delegação atleticana estava hospedada.
“Planejamos sair um pouco antes, pois o trajeto era de 30 minutos. Tivemos três reuniões de segurança para alinhar isso. Eles queriam que saíssemos às 19h10, mas, às 18h50, já estávamos no ônibus prontos para sair. Ficamos por mais de 25 minutos no ônibus esperando para sair. A primeira alegação é que não havia segurança e que não havia ordem para sair. Isso depois de todas as reuniões que aconteceram”, criticou Victor.
“Depois, alegaram que tinham 30 ônibus da nossa torcida no mesmo trajeto, o que para mim não era um risco, pois eram ônibus da nossa torcida. Cerca de 25 minutos depois, chegaram motos de escolta e, aí sim, saímos. Quando tudo parecia caminhar, simplesmente, a polícia parou no meio do trajeto, mas não tinha trânsito nem nada. Ficamos ali uns 15 minutos tentando entender o que estava acontecendo. Aí já mudaram o discurso, dizendo que havia conflito entre torcedores próximo ao estádio”, relatou o dirigente.
Victor lamentou a falta de organização, mas disse que tal comportamento não surpreendeu ninguém. O ex-jogador finalizou com um ditado, dizendo que eles transformaram o limão em limonada.
FESTA DA TORCIDA ADVERSÁRIA
Apesar dos problemas, Victor elogiou a torcida do River Plate pela festa que fizeram nas arquibancadas. Para ele, as punições geradas pelas autoridades argentinas não compactuam com a cultura do futebol na América do Sul.
“Foi uma festa incrível, linda. Lamento que é um tipo de festa que pode ter punição e multa. Isso é a cultura no futebol sul-americano. Não podemos acabar com essa cultura na entrada de campo. Também já sofremos sanções por isso em nosso estádio. É lamentável e muito protocolar”, disse.
FINAL DA LIBERTADORES
Agora, o Atlético Mineiro espera o jogo entre Botafogo e Penãrol, hoje, quarta-feira, às 21h30, no Centenário, em Montevidéu, para saber quem será seu adversário na final. O time brasileiro tem uma vantagem de 5 gols marcados no jogo de ida.
A final da Libertadores está agendada para o dia 30 de novembro (sábado), no Monumental de Núñez.
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