Como foi o Atlético Nacional na Libertadores? Rival de ‘revanche’ do São Paulo impressiona em casa, mas frustra como visitante | OneFootball

Experiente goleiro Ospina é o capitão do time de Medellín (Foto: Pedro H. Tesch/Getty Images)

MARCIO MONTEIRO

@avantmtricolor

Esta segunda-feira (2) foi de folga para o elenco do São Paulo, mas importante para conhecer os rivais das oitavas de final, tanto da Copa do Brasil, como da Libertadores.

No mata-mata nacional, o Tricolor tem pela frente o Athletico-PR, com primeiro jogo no Morumbi. Já pelas oitavas da Liberta, outro Atlético, o Nacional, da Colômbia, desta vez com inversão dos mandos, e os paulistas decidindo em casa sua classificação.

O rival colombiano avançou em segundo lugar no grupo F, o chamado ‘grupo da morte’, com uma campanha bastante peculiar.Foram 9 pontos conquistados, com incríveis 100% de aproveitamento em casa, com três vitórias, mas frustração fora, com três resultados negativos.

O bicampeão da América começou sua trajetória no torneio com um atropelo em seu estádio Atanasio Girardot por 3 a 0 sobre o tradicional Nacional, do Uruguai.

Em seguida, veio o choque longe da Colômbia. Derrota do Atlético para o Internacional com o mesmo placar de sua estreia, desta vez, contra. De novo contra um brasileiro fora de casa, mais um revés, agora de 1 a 0 para o Bahia.

Na volta contra os rivais em casa, vitória do Nacional por 3 a 1 sobre o Inter e devolveu o 1 a 0 contra a equipe comandada por Rogério Ceni. Classificado antecipadamente, na última rodada caiu pelo placar mínimo para o Nacional no Uruguai. Entre os nomes mais conhecidos do elenco estão oveterano goleiro Ospina, com passagens por Arsenal e Napoli, além do volante Uribe, também de sucesso pelo exterior.

O REI DE COPAS DA COLÔMBIA

Los Verdolagas, como são conhecidos em seu país,conquistaram por duas vezes a tão sonhada Libertadores, o que lhe dá também a alcunha de ‘Rey de Copas’. Primeiro, em 1989, comandados pelo histórico goleiro René Higuita, com jovens revelações colombianas que depois brilharam pela seleção, como Aristizábal, ainda com 17 anos na época, e um recém-contratado garoto chamado Asprilla.

A segunda taça veio em 2016, com péssimas lembranças ao são-paulino. Na campanha do bi, o Atlético Nacional fez a melhor campanha da 1ª fase, com cinco vitórias, um empate e nenhuma derrota. Nas oitavas de final, não teve grandes problemas com o argentino Huracán após empate de 0 a 0 fora e goleada de 4 a 2 na Colômbia.

Nas quartas, mais um clube da Argentina, o Rosário Central. Derrota por 1 a 0 fora e vitória por 3 a 1 em casa garantiram o Atlético na semifinal, para enfrentar o gigante São Paulo.

AQUELA MALDITA SEMIFINAL...

É difícil esquecer. No duelo de ida, num Morumbi lotado, o zagueiro Maicon foi expulso após dar um empurrão no atacante revelação Miguel Borja. Depois,o artilheiro marcou duas vezes, e o São Paulo caiu por 2 a 0 para o Nacional colombiano.

Na volta, em Medellín, Calleri trouxe esperança ao Tricolor ao marcar de cabeça logo aos 8 minutos, após cruzamento de Michel Bastos. Pouco depois, ele de novo, Borja empatou para o time da casa. Ainda no final do 1º tempo, a arbitragem não marcou um pênalti claro sobre Hudson.

Na segunda etapa, o Nacional marcou novamente com Borja, o dono da semifinal, em cobrança de pênalti. Com fortes protestos contra a arbitragem, Lugano e Wesley ainda foram expulsos após o gol.Vitória colombiana por 2 a 1 e mais uma eliminação ao Tricolor.

E DEPOIS?

Se avançar de fase, o São Paulo pode encontrar ainda outros carrascos de edições passadas. Nas quartas de final, encara o vencedor de Botafogo x LDU. Os cariocas foram os rivais que eliminaram o Tricolor na mesma fase em 2024, após dois empates e vitória nos pênaltis.

Já a LDU, que foi campeã recentemente com Luis Zubeldía no comando, avançou no grupo do São Paulo na fase inicial da Liberta de 2020, em que o Tricolor nem se classificou. O time equatoriano também eliminou os paulistas nas quartas da Sul-Americana de 2023.

Projetando uma semifinal, no caminho do São Paulo pode aparecer o Palmeiras, carrasco das quartas de final da Libertadores 2021. Outro rival que pode encontrar o time do Morumbi é o River Plate, que também se classificou no grupo que eliminou o Tricolor um ano antes.

Motivos para se vingar, não faltam ao São Paulo. E se é para se apegar em superstições, o time conseguiu a revanche contra o Talleres neste ano. Os argentinos haviam eliminado o Tricolor ainda na fase pré-Libertadores, e deu o troco em 2025, com vitórias no Morumbi e fora de casa.