MundoBola Flamengo
·19 de diciembre de 2024
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Empossado como presidente do Flamengo para o triênio 2025-2027 na última quarta-feira (18), Luiz Eduardo Baptista, o Bap, pregou cautela sobre a construção do estádio rubro-negro após a compra do terreno do Gasômetro. E a declaração inicial causou impacto positivo, na opinião do jornalista Arnaldo Ribeiro.
Em fala no UOL News Esporte, o comentarista disse que já esperava algum tipo de revisão no projeto após a vitória da oposição — Rodolfo Landim apoiava Rodrigo Dunshee, que acabou derrotado. Devido à importância da construção do estádio, o discurso de cautela do novo presidente agradou.
"É muito importante o novo presidente do Flamengo falar. Mexe literalmente com multidões. Já dava a impressão que a questão do estádio foi uma cartada eleitoreira do Landim e teria algum desdobramento diferente se a oposição vencesse a eleição", destacou.
"O Landim perdeu, e era evidente que o Bap faria alguma revisão na previsão de entrega do estádio. A questão do estádio não é um projeto qualquer. É o projeto da vida do Flamengo", ressaltou.
Na opinião de Arnaldo, a fala de Bap serve para evitar falsas expectativas nos torcedores rubro-negros. O jornalista ainda finalizou com uma crítica ao planejamento em torno da compra feita em 2024, algo que terá impacto na temporada 2025. Vale lembrar que o Flamengo fechou acordo de concessão do Maracanã pelos próximos 20 anos.
"É bem lúcida essa primeira explanação do Bap sobre o estádio. Não há pressa e não deveria haver pressa mesmo nessa situação do Flamengo. Não é simples. E é isso que ele fala, já de cara, para o torcedor do Flamengo. Para não alimentar falsas esperanças, esperanças imediatas", analisou.
"O simples fato da compra desse terreno sem plano financeiro, sem plano arquitetônico, já tem impacto no Flamengo de 2025. Eu gostei bastante desse primeiro toque que o Bap dá para a torcida do Flamengo em relação ao estádio. Ele está certo", finalizou Arnaldo.
Na coletiva, Bap destacou a importância de não prejudicar a performance esportiva ou aumentar exponencialmente o endividamento do Flamengo, principalmente a ponto de precisar virar SAF. O presidente lembrou o hiato de títulos do São Paulo após a construção do Morumbi e também o "endividamento brutal" do Corinthians após uma década de inauguração da Neo Química Arena.
"Essa discussão ficou contaminada pelo processo eleitoral. Não existe um estudo econômico-financeiro desse estádio até agora. Ninguém constrói uma casa sem um estudo desse e, com o Flamengo, não pode ser diferente. Não é um projeto importante, é o projeto da vida do clube. Vamos fazer nosso estádio, mas não vai ser a custo de desempenho esportivo, como aconteceu com o São Paulo. Nem com um endividamento brutal, como foi com o Corinthians", iniciou Bap.
"Em 2012, o Corinthians era campeão da Libertadores e do Mundial. Os torcedores declamavam: 'Daqui a dois anos teremos um estádio, e o Coringão vai ser imbatível'. Dois anos depois, o Corinthians tem o estádio, mas não consegue ter competitividade esportiva como teve naquela época e tem um nível de endividamento brutal. Não vamos cometer esses mesmos equívocos aqui. Vamos construir o estádio, sim, mas no ritmo da geração de caixa e de resultados do Clube de Regatas do Flamengo", completou.