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·11 de julio de 2024

CEO do Atlético assume problemas na acústica da Arena MRV e detalhou planos para correção

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A Arena MRV, desde a sua inauguração há pouco menos de um ano, tem enfrentado críticas relacionadas à acústica durante as partidas.

Após quase um ano de rumores sobre problemas acústicos na Arena MRV, o Atlético-MG finalmente admitiu a questão de forma pública. O CEO Bruno Muzzi reconheceu o problema e explicou as medidas que o clube pretende tomar para resolvê-lo:


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“Na construção da Arena tínhamos duas opções quando surgiram as questões do licenciamento, que era atender o licenciamento ou não levar a obra a frente. A decisão foi tomar por mim, de seguir com as obras e atender todas essas questões. De fato existe esse problema, não tem como fugir dessa situação. A Arena MRV tem uma cobertura feita para absorver 95dB internamente e ela não tem pegado fogo como todos nós queremos.”

A Arena MRV, projetada para ser um caldeirão, tem abafado o som das torcidas, tanto do Atlético quanto dos visitantes. O assunto tem sido um ponto de discussão constante entre torcedores e na mídia, e essa foi a primeira vez que o clube abordou a questão oficialmente. Bruno Muzzi revelou que os problemas acústicos foram notados desde os primeiros jogos em 2023. Com isso, o Atlético-MG iniciou um planejamento e concluiu que a questão envolve uma série de problemas, e não apenas um único fator:

“Começamos então um planejamento em dezembro de 2023 de quais caminhos deveriam ser adotados. Não temos um problema só, é um acúmulo de situações. Eu gostaria de caracterizar três pontos, principalmente. Temos uma questão de uniformidade de canto, que é todo mundo cantar ao mesmo tempo. Temos uma questão onde estamos tentando fazer essa coordenação do canto. E a terceira, da cobertura. Então, o que estamos fazendo? Temos trabalhado para tentar unificar as torcidas (organizadas), para que elas fiquem em um setor único, para que aquele canto ali seja mais potente. Estamos trabalhando para que as baterias estejam juntas e isso está começando a acontecer. Tem uma questão de coordenação que a gente precisa ajudar a melhorar.“

Bruno Muzzi comparou a Arena MRV a estádios sem cobertura, como La Bombonera e Monumental de Núñez, que também não possuem a melhor acústica, mas são conhecidos por sua atmosfera fervorosa. Ele destacou que, nesses estádios, a torcida canta em uníssono, criando um ambiente de pressão sobre os adversários. Muzzi explicou que, no caso da Arena MRV, a cobertura acaba absorvendo parte do som, o que contribui para a diferença na experiência acústica.

“Se pensarmos em estádios que não tem cobertura, como La Bombonera e Monumental de Núñez, esses estádios não teriam uma acústica pior. Mesmo assim, são considerados “caldeirões”, eles fervem. Lá todas as pessoas cantam juntas. E por quê no nosso caso isso não acontece? Porquê de fato a cobertura absorve um pouco mais.“

Bruno Muzzi explica que o sistema Voice Lift, utilizado em estádios modernos como o Maracanã com sua cobertura de PTFE, é projetado para distribuir o som de forma uniforme pelo ambiente. Esse avanço é especialmente eficaz em estádios com coberturas mais contemporâneas, como lona e metálica, contrastando com as estruturas de concreto dos estádios antigos.

“Então o que precisamos fazer? Estamos usando um sistema que chama voice lift, que é um sistema que já é utilizado em diversos estádios dos mais modernos agora, em função do tipo de cobertura. Os estádios antigos tinham coberturas de concreto e agora você tem a lona, a cobertura metálica, tem a cobertura do Maracanã, que é a PTFE. E eles utilizam esse sistema, que nada mais é que uma captação sonora que faz com que o som captado seja distribuído no entorno do estádio ao mesmo tempo para poder ter essa uniformidade. Quando isso acontece, começa a ter essa coordenação.”

Bruno Muzzi destacou os avanços do sistema Voice Lift em estádios, evidenciando sua capacidade de coordenar o som de forma uniforme, mesmo em ambientes grandes como o Maracanã e a Arena da Baixada. Ele mencionou que após o teste inicial com o Flamengo, houve uma perceptível melhoria na sincronização das torcidas. O CEO enfatizou que outros estádios renomados, como a Allianz Arena e o Estádio da Luz, também adotaram esse sistema e que estão continuamente refinando sua implementação.

“Hoje, quem está no (setor) Norte, não escuta quem está no (setor) Sul. Quem está no setor Brahma, não canta o que quem está no setor Inter está cantando. Assim a gente começa a fazer essa coordenação. Fizemos o primeiro teste diante do Flamengo e já se teve essa percepção de melhoria. Medimos isso! Quando a torcida cantou junto, tivemos 105dB. Nas medidas do Maracanã que possui o mesmo sistema, a medição apontou 97dB. Outros estádios também possuem esse sistema, como a Arena da Baixada, a Allianz Arena, em Munique, o estádio do Benfica (Estádio da Luz). Então estamos seguindo essa mesma linha. Já está implementado e está em fase de melhoramento.”

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