Campeão mundial com São Paulo perde fortuna com noite e bebida, e após uso de droga, tenta recomeço com crianças | OneFootball

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·28 de julio de 2025

Campeão mundial com São Paulo perde fortuna com noite e bebida, e após uso de droga, tenta recomeço com crianças

Imagen del artículo:Campeão mundial com São Paulo perde fortuna com noite e bebida, e após uso de droga, tenta recomeço com crianças

Jura, ao lado de Cafu, conquistou tudo pelo Tricolor, mas gastou todo o dinheiro durante a carreira (Foto: Divulgação/SPFC)

MARCIO MONTEIRO


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@avantmtricolor

Os torcedores do São Paulo irão se recordar do loirinho Jurandir Fatori. Não lembrou? Talvez seu apelido refresque sua memória:Jura, apontado como sucessor de Cafu no Tricolor, onde conquistou o título mundial interclubes de 1993.

O ex-jogador revelou que perdeu fortuna incalculável com suas ações impensadas durante a carreira, que teve excessos na noite regado a muita bebida e más companhias, e até suspensão após ser flagrado no exame antidoping por uso de maconha.

“Um dinheiro que nunca imaginei ter começou a cair na minha conta. Eu só tinha noção do que podia gastar, do que podia comprar, não sabia de um investimento que poderia render”, falou Jura em entrevista aoEsporte Espetacular, da Globo.

Hoje aos 53 anos, o ex-lateral direito chegou ao São Paulo em 1993, e chegou a ficar cinco meses de fora por lesão no ligamento do pé, mas no final do ano celebrou a conquista do Mundial sobre o Milan. Maduro, Jura não esconde os erros que cometeu na época.

“Foi a madrugada, gostava muito. Falta de vergonha na cara mesmo, mas uso isso como exemplo. Hoje tem que ser 100% profissional. Antigamente não, você podia dar aquela saída, só que cada saída era muito dinheiro envolvido”.

“Por exemplo, os amigos meus não colocavam a mão no bolso, era bebida, noitada, mulherada... Me casei muito tarde, se tivesse minha família hoje, casado, a cabeça era outra, outra performance, mas sozinho, solteiro, dinheiro no bolso, tudo muito fácil. Em sete meses no São Paulo fui campeão da Libertadores, Recopa, Supercopa e Mundial. É difícil explicar...”, recordou o ex-atleta.

O auge da decadência no futebol veio em 1999, quando foi flagrado no exame antidoping pelo uso de maconha. Jura se emocionou bastante na entrevista ao recordar da complicada situação, principalmente perante sua família.

“Até nem gosto muito de falar, que fico meio... hoje trabalho com criança, mas acredito que hoje levo tudo pelo lado positivo, sou um exemplo positivo, porque não é fácil você sair de situações como entrei. Claro, entrei de gaiato, consciente, sabendo o que ia fazer”.

“Quando caí no exame antidoping, falei: agora é o fim do túnel. Vi meu pai e minha mãe chorar, que por eles nunca fumei um cigarro. Caí por embalos de amigos, usei, mas não sou um cara frequentador de usar. Errei. E quando errei e vi que estava desandando, foi edição extraordinária, Jornal Nacional, Globo Esporte, fiquei muito falado”, falou o multicampeão são-paulino.

O baque, no entanto, contou com ajuda de seus país, e depois, com o nascimento de seu filho, Jura afirmou que ‘começou a ver a vida diferente’.

“Eu tinha que mudar, sabia que errei e que não era essa pessoa que aconteceu. A abertura com o pai e com a mãe foi fundamental. Meu pai e minha mãe sempre estiveram do meu lado, sabiam que não tinham um marginal dentro de casa, para muitos antigamente era bandido, um cara que não tinha escrúpulo nenhum, aprendi que estava no caminho cada vez para baixo. Depois que meu filho nasceu comecei a ver a vida diferente”.

PERDAS INCALCULÁVEIS E RECOMEÇO

“Vou falar que perdi em bens, valores não posso falar hoje, não lembro. Mas perdi apartamento, perdi casa, perdi chácara, perdi carro, perdi muita parte da minha vida moralmente, que para mim é o principal. É lógico que para quem me conhece sabe que sou um cara de um bom caráter, mas quem não conhece julga a gente mal pelo que aconteceu, não pelo que conhece. Eu pago esse preço até hoje, quem não me conhece sempre julga”.

“Hoje, graças a Deus, trabalho com crianças de 4 a 15 anos, então tenho que ser um professor, um exemplo. Acredito que também perco por essa situação ter acontecido, mas ganho muito mais pela pessoa que sou no dia a dia, pelo exemplo que dou, pelas palestras que passo. Estou aqui, vivo, inteiro, com saúde, minha família muito bem e ter sobrevivido nessa situação que é complicado”.

E novos sonhos permeiam a cabeça de Jurandir. Ele ainda quer seguir no meio do futebol, agora como treinador. Atualmente, o ex-jogador trabalha em uma escolinha da Juventus, da Itália, da qual é sócio. Os altos preços dos cursos profissionalizantes da CBF, no entanto, ainda são uma barreira.

“Queria uma oportunidade de treinador, queria ter uma condição para fazer o curso da licença B, A e que também não é barato. Se eu for fazer um curso vou destapar meu aluguel, a minha situação financeira do mês em casa. Não tenho essa condição, mas queria fazer esse curso, ter essa oportunidade, porque acredito no meu trabalho, acredito que ele é bom, mas tudo tem um preço”.

“É o mesmo sonho de criança. Sei que sou bom na minha área profissional, acredito que posso prosperar mais. Sou um cara muito vitorioso, tenho uma experiência de vida muito boa, não de faculdade. É meu sonho e não desacredito, espero que com o meu trabalho guarde uma situação e consiga fazer esse curso. Ainda dá tempo para conquistar esse meu sonho”.

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