Gazeta Esportiva.com
·25 de septiembre de 2024
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Nesta terça-feira, o lateral esquerdo Caio Paulista, do Palmeiras, prestou seu depoimento na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, acompanhado de sua advogada, Ana Beatriz Saguas, sobre a acusação de agressão de sua ex-namorada e mãe de sua terceira filha, Clara Monteiro. O jogador rebateu as denúncias e afirmou que elas são falsas.
Em comunicado divulgado por sua assessoria, o defensor detalha os episódios em que foi acusado de agressão e outras denúncias, como falta de pensão alimentícia.
O primeiro caso ocorreu em setembro de 2009. Clara Monteiro alega ter sido agredida por Caio Paulista e trancada em casa até o jogador retornar de seu treino, no Fluminense, clube no qual o jogador estava na época. O lateral afirmou ter provas de ser uma falsa denúncia.
“Tenho provas (inclusive com imagens) e testemunhas que na noite do dia 29/09/2022, eu, dois amigos e a minha ex-namorada jantamos descontraidamente na minha residência. Na manhã seguinte, eu e ela saímos juntos de casa. Eu fui me apresentar para cumprir minha programação profissional de treino e viagem para o jogo contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, e ela para a casa dela na Rocinha. Inclusive, ela manda áudio e mensagens para minha mãe confirmando não só essa informação relatada como nossa programação na volta da minha viagem. Também possuo as nossas conversas pessoais afetuosas ao longo dessas datas. Na falsa acusação dela, é alegado que eu a agredi e, depois, a tranquei em casa até retornar do treino. E ela também inclui no processo um episódio de ciúmes por parte dela ocorrido no mês anterior, como se fosse a causa de uma possível briga de casal neste dia de setembro”, afirma na nota oficial.
Programação do Fluminense mencionada por Caio Paulista em seu depoimento (Foto: Divulgação)
Clara Monteiro também acusa Caio Paulista de ter a agredido em uma boate em 2023, situação que supostamente teria lhe deixado com o olho roxo. Porém, o jogador cita que foram apresentadas diferentes versões por sua ex-namorada, relata que nunca entrou naquela boate e que não foi o responsável pelo hematoma no olho.
“Sobre essa falsa alegação, é difícil saber até em qual versão acreditar, pois já foram quatro relatos diferentes para a mesma ocasião: um na vara familiar, um na delegacia, um em entrevista na TV e outro em entrevista no YouTube. Em cada uma delas existem detalhes contraditórios que são facilmente desconstruídos nos testemunhos de pessoas que presenciaram tudo que aconteceu. De qualquer maneira, naquela noite não entrei na boate e não sei o que se passou lá dentro. E que nunca saí de dentro do meu carro, onde sempre estive acompanhado da minha irmã e do meu cunhado, que testemunharam o seu desequilíbrio ao me jogar um copo de bebida alcoólica ao entrar no veículo e as seguidas agressões a mim. Ela chega a alegar que minha mãe e seu marido presenciaram a nossa chegada na garagem do prédio e o hematoma no olho, mas isso não aconteceu. Naquela noite, dormimos na mesma cama junto da nossa filha (a babá é testemunha disso). A primeira vez que percebi que seu olho estava avermelhado, e não roxo, foi pela manhã, assim que ela saiu do banheiro. Questionei o que tinha acontecido e ela se recusou a falar do assunto. Tenho conversas com ela nesse sentido e reafirmo categoricamente que não fui eu que machuquei o olho dela”, declara o jogador.
Clara Monteiro publicou fotos da suposta agressão de Caio Paulista em seu perfil no Instagram (Foto: Reprodução/Instagram @mont_clara)
Outro momento em que Clara Monteiro alega ter sido agredida é em fevereiro deste ano. Mas, Caio Paulista diz que é ele quem sofreu as agressões e menciona novamente que foram apresentadas versões contraditórias sobre o caso.
“Esta última situação é completamente oposta ao que foi relatado pela minha ex-namorada, uma vez que o agredido da história fui eu. Tenho até hoje uma cicatriz no braço de uma mordida extremamente violenta, fruto de ciúmes dela sem qualquer fundamento. Neste caso, ela também deu diversas versões contraditórias, ora dizendo que joguei um celular na boca dela, ora dizendo que soquei o rosto dela. Mas tenho testemunhas que viram ela me agredindo com chutes e socos, e me mordendo”, relata o atleta.
Caio Paulista diz que foi mordido por Clara Monteiro (Foto: Divulgação)
Sobre a falta de pensão alimentícia, Caio Paulista afirma que a acusação é falsa e que a pensão está bloqueada na justiça desde o início deste mês. O lateral esquerdo ainda afirma estar arcando com os custos mesmo após o bloqueio.
“A mãe da minha terceira filha tem propagado mentiras nas redes sociais e na televisão, afirmando que eu não pago pensão e que nossa filha está passando necessidades. Mais uma acusação completamente falsa. A pensão está bloqueada judicialmente desde o dia 04/09/2024 à disposição dela, conforme consta comprovante bancário. Além disso, continuo arcando com uma série de despesas da minha filha mesmo após esse bloqueio. E tenho todos os comprovantes que nos últimos quatro meses (de 06/05/2024 a 11/09/2024) arquei com R$127 mil entre depósitos para ela e contas pagas”.
Despesas pagas por Caio Paulista, incluindo o valor do bloqueio judicial mencionado no depoimento (Foto: Divulgação)
Por fim, Caio Paulista rebate outras acusações de Clara Monteiro, como um possível relacionamento entre ele e a irmã dela. Além disso, relata que conversas entre eles no WhatsApp foram manipuladas e tiradas de contexto. Outro ponto citado pelo atleta é que recebeu um relato que outro homem a agrediu em 2022 e que ela também é capaz de se machucar intencionalmente para manipular situações a seu favor.
“Minha ex-namorada declara que era caixa da boate em que nos conhecemos. Mais uma inverdade dita à polícia, pois ela era presença vip, informação confirmada oficialmente pelos donos da casa noturna. Ao tentar desqualificar o vídeo da própria irmã que a desmentiu publicamente em suas redes sociais, insinua que um relacionamento amoroso entre nós seria a causa desse apoio a meu favor. E que essa era a razão da minha ajuda financeira para a família da irmã. Confirmo apenas esta ajuda, mas sempre a pedido da minha ex-namorada enquanto ainda estávamos juntos e em depósitos na conta da mãe delas (cujos comprovantes bancários também são provas materiais). Um indicativo a mais da conduta da minha ex é a manipulação ao incluir uma foto minha com a minha atual namorada, tentando utilizar como prova de uma inexistente união estável entre nós. Além disso, ela também anexou ao processo uma conversa de WhatsApp adulterada, onde favoritou apenas mensagens que lhe interessavam, ocultando o contexto completo da nossa troca de mensagens. Para concluir, uma das minhas maiores decepções foi receber um testemunho de que foi outro homem que causou essas agressões das fotos de setembro de 2022 que ela me acusa, e que ela também é capaz (com base em episódios passados) de se machucar intencionalmente para manipular situações a seu favor”, finaliza Caio Paulista.