Coluna do Fla
·12 de junio de 2025
Bom para o Flamengo! Conmebol toma decisão importante sobre Fair Play financeiro

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·12 de junio de 2025
A Conmebol anunciou, nesta quinta-feira (12), que Alejandro Domínguez foi reeleito presidente da entidade, ficando até 2031. A primeira ação do paraguaio para o novo mandato é a criação de Fair Play financeiro para os clubes da América do Sul.
— Temos que cuidar muito bem da saúde do nosso futebol. De nada serve ou vai servir gerar dinheiro e investir, com os clubes ficando cada vez mais endividados. Então, o próximo passo é inovar e implementar o Fair Play financeiro. É tempo que a história mude. Não queremos clubes endividados —, disse Domínguez.
— Queremos clubes fortes. Queremos que se invista o dinheiro na logística que nos vai assegurar o futuro. Trabalhando juntos, podemos sonhar, solidificar as bases e as condições dos nossos clubes e associações membro —, acrescentou o presidente reeleito da Conmebol.
O presidente da Conmebol também garantiu que aumentará os prêmios dos participantes da Libertadores e da Copa Sul-Americana. Por isso, com mais dinheiro em caixa das equipes, Domínguez exige que as mesmas tenham mais controle das finanças. Apesar das ideias, o dirigente não detalhou como será o Fair Play financeiro da Conmebol.
Ao lado do Palmeiras, o Flamengo é um dos maiores defensores do Fair Play financeiro no Brasil. O Mengão, por exemplo, tem citado o caso do Internacional, que ainda não pagou pela compra de Thiago Maia há mais de um ano e segue se reforçando. O Corinthians e o Botafogo também são destacados, pois investem mais do que arrecadam.
O discurso da Conmebol caminha lado a lado com o que pensa a Confederação Brasileira de Futebol com o novo presidente, Samir Xaud. Em uma das primeiras entrevistas ao ser empossado, o dirigente garantiu que o Brasil também terá que se adequar às regras.
“Hoje é um dia importante para o futebol brasileiro, estamos assinando a portaria que cria um grupo de trabalho para finalmente tirar do papel o Fair-Play financeiro, uma demanda antiga dos clubes que há mais de dez anos esperavam por essa prática. Este grupo de trabalho será formado por representantes da CBF, federações estaduais, clubes das Séries A e B, além de especialistas em finanças, governança e direitos esportivos. Queremos um debate plural e técnico que reflita a realidade do nosso futebol”, disse Samir Xaud, na segunda-feira (09).
Em resumo, Fair Play financeiro é uma lista de regras que devem ser cumpridas pelos clubes para que o gasto não seja maior do que a arrecadação. Em outros países, os ‘desobedientes’ podem receber multas, correm risco de perder pontos em competições e até ficam proibidos de novas contratações.
— Tem SAFs, clubes de tamanhos diferentes… Muita gente fala que o Flamengo é um clube rico. Mas é como se fosse um pai com 11 filhos, um deu muito certo, mas os outros 10 dependem dele e do pai. Nós temos muitos esportes dentro da casa que custam. Outros clubes não têm. Por mais que digam que você pode gastar 100% do que arrecada no futebol, eu não consigo fazer. Por mais que a lei permite. Acho que no Brasil você colocar um limite para gastar com futebol, 75% só com futebol já é bastante coisa. Acho que isso poderia ajudar. Como tem situações diferentes, vai ser muito difícil ficar criando critério único que vai atender a todos —, comentou Bap, em evento recente.