Bastos faz o que atacantes não conseguem e Bota vence Flu para dormir na ponta | OneFootball

Depois de muito tentar, o Botafogo achou em Bastos o herói inesperado para vencer o Fluminense no clássico do Nilton Santos, na noite desta terça-feira, por 1 a 0, e dormir na liderança do Campeonato Brasileiro.

O Glorioso chega a 16 pontos e deixa para trás Bahia e Flamengo, que ainda jogam na rodada. Já o Tricolor, com apenas seis, segue ameaçado pela zona de rebaixamento.

Predomínio alvinegro

Foi um início de clássico agitado. O Botafogo começou o jogo pressionando a saída de bola adversária. Com bola, foi bastante objetivo. Luiz Henrique apareceu muito para o jogo. Foi o primeiro a ameaçar. Depois, cruzou e Tchê Tchê ajeitou para finalização de Tiquinho na área. A bola passou perto da trave.

O Glorioso seguiu melhor no jogo e voltou a chegar perto do gol após grande lançamento de Alexander Barboza para Júnior Santos. O atacante dominou bem, ganhou na corrida da marcação e finalizou cruzado de canhota. A bola passou perto da trave.

A pressão alta botafoguense criou a chance mais clara dos primeiros 20 minutos. Ganso errou na saída e Júnior Santos recebeu de Marlon Freitas na cara do gol. O atacante buscou chute rasteiro, e Fábio se jogou para fazer grande defesa.

Aos 23 minutos, Júnior Santos voltou a ficar na cara do gol. Dessa vez, Tiquinho fez o pivô no meio-campo para Tchê Tchê, que lançou Júnior Santos nas costas da defesa. O atacante ficou cara a cara com Fábio, e até tirou do goleiro. Mas a bola beijou o poste.

Quase, quase, o Fluminense não castigou os gols perdidos. No primeiro contragolpe que conseguiu sair, Marcelo cruzou da canhota para Marquinhos, que mandou cabeçada no canto. Caprichosamente, a bola pegou na trave e saiu.

A chance não mudou a cara do jogo. O domínio seguiu sendo alvinegro. E Luiz Henrique, após bela deixada de Júnior Santos, voltou a dar trabalho para Fábio em chute quase à queima-roupa. Mais uma vez, o time de Fernando Diniz não fazia um bom jogo. Não conseguia jogar à sua maneira, sem se adaptar ao campo sintético. Seguiu tentando trocar passes na defesa, sem a mesma velocidade de costume. Eram muitos erros.

Enfim, o gol

O Fluminense tentou voltar diferente para o segundo tempo. Mostrou, no primeiro minuto, mais contundência ao conseguir a primeira chance. Marcelo recebeu de John Kennedy na área e bateu com força. A bola passou perto da trave.

Apesar do susto, o Bota seguiu melhor. Com transições mais rápidas, explorando bem os erros do adversário. Luiz Henrique, aos 12 minutos, recebeu na direita, cortou a marcação de Marcelo, e de quem veio a seguir. Foi cortando a defesa até levar para a canhota e bater forte, no canto. Fábio fez nova defesaça.

O gol botafoguense tardou, mas não falhou. Aos 20 minutos, depois de Tiquinho, Júnior Santos e Luiz Henrique ameaçarem várias e várias vezes, surgiu o herói improvável. Damián Suárez mandou escanteio na medida para o angolano Bastos, um dos melhores jogadores alvinegros nos últimos jogos, abrir o placar na cabeçada.

O Glorioso ainda teve chances de matar o jogo. Só que Júnior Santos não viveu uma noite inspirada. O atacante perdeu nova chance cara a cara ao receber lançamento de Tchê Tchê na frente. Faltou capricho na finalização mais uma vez.

O Tricolor não sobreviveu. Na verdade, foi mantido vivo pelo rival. Mas entre ficar vivo, e reagir, houve uma diferença grande. Mesmo sem o segundo gol, o time da Estrela Solitária ficou com a merecida vitória para ter um sono de líder.