Portal dos Dragões
·15 de enero de 2025
Auditoria ao F. C. Porto revela 3,6 milhões em despesas de representação “não elegíveis”

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A mais recente auditoria à atividade da SAD do FC Porto, correspondente ao período entre 2014/15 e 2023/34 e realizada pela empresa “Deloitte”, focou-se na “análise das despesas de representação” das administrações anteriores, “avaliando as condições de elegibilidade e conformidade, bem como o impacto total ao longo das últimas 10 épocas desportivas”, revelando 3,6 milhões de euros em gastos que não se enquadram no âmbito profissional do clube.
“Para além da remuneração fixa e variável, os administradores do FC Porto dispunham de um plafond para despesas de representação, que era definido e aprovado anualmente pela Comissão de Vencimentos. Este plafond deveria ser exclusivamente utilizado para despesas de âmbito profissional em serviço do FC Porto”, indica o relatório.
“Os administradores beneficiaram de 3,6 milhões de euros em despesas de representação entre 2014/15 e 2023/24 que não se enquadram de acordo com o regulamento interno, o que revela um encargo significativo de custos adicionais. Adicionalmente, a Sociedade enfrentou custos fiscais de 400 mil euros, resultantes das despesas de representação”, pode-se ler no documento.
“Uma parte considerável das despesas foi destinada a fins estritamente pessoais”, com 1,1 milhões gastos em viaturas (“uso simultâneo de vários veículos, com usufruto de familiares”); 700 mil euros em refeições, que incluem “refeições profissionais sem justificação objetiva”, com várias faturas de montantes superiores a 1000 euros; 700 mil euros em viagens, que incluem deslocações “privadas” para locais “não relacionados com a atividade do clube”; 477 mil euros em “obras, bens imobiliários e mobiliários para uso privado”; e 70 mil euros em “outras despesas, como gastos em joalharias e relojoarias”.
“Para além do uso do plafond para fins pessoais, os administradores apresentaram despesas que ultrapassaram o limite definido pela Comissão de Vencimentos, totalizando cerca de 420 mil euros de excedente ao longo das 10 épocas analisadas”, afirma o relatório.