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·24 de febrero de 2025

António Oliveira revela crise entre elenco e diretoria por atrasados quando comandava o Corinthians

Imagen del artículo:António Oliveira revela crise entre elenco e diretoria por atrasados quando comandava o Corinthians

O técnico António Oliveira contou algumas situações às quais vivenciou durante sua passagem pelo Corinthians no ano passado. Em entrevista ao jornal português “Tribuna Expresso”, ele revelou que jogadores não queriam se concentrar antes das partidas em decorrência do atraso de salários. De acordo com o treinador lusitano, ele próprio chegou a intermediar conversas entre o elenco e o presidente Augusto na tentativa de amenizar os conflitos.

“Os jogadores chegaram a não querer concentrar, porque não recebiam. Tive de sair do treino para ir falar com o presidente, porque ele prometia que pagava no dia seguinte. Eu disse ao presidente: ‘Se você só pode pagar daqui a um ano, não diga que pode pagar amanhã porque eles não vão receber e vão ficar ainda mais chateados'”, iniciou.


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“E aos jogadores que não queriam concentrar tive de dizer: ‘Há um direito e um dever. Vocês têm o direito de receber e eles de vos pagar. Vocês têm razão. Agora, se passa lá para fora que vocês não querem concentrar, em vez de virar para eles, vai virar contra vocês. Vamos ser profissionais. Estou aqui, do vosso lado, estarei sempre e vou tentar sensibilizar o presidente para resolver os problemas.’ O meu dia a dia era um pouco isto”, complementou.

Oliveira diz que atuou além das quatro linhas

Oliveira também lamentou o fato de ter assumido o comando da equipe justamente em um período de instabilidade no Corinthians, que refletiu dentro de campo. Ele afirmou que sua atuação se deu além das quatro linhas e recordou que, depois de ser dispensado, o clube conseguiu reforços marcantes para evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

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António Oliveira enquanto comandava o Corinthians em jogo na Neo Química Arena, pelo Brasileirão de 2024 – Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

“Houve um conjunto de situações (que resultaram na demissão dele), muitas notícias más sobre o clube. E no Corinthians fui muito mais do que treinador. Era eu e os jogadores, porque os problemas eram tantos. Um treinador tem que ser um influenciador, um motivador, psicólogo, terapeuta… Eu fui de tudo um pouco. Mas sabia que quando chegasse a janela as coisas iriam mudar, porque vinham outros jogadores para ajudar os que lá estavam. E ia construir uma equipe ainda mais forte. Eles costumam dizer que fui o homem certo, na hora errada. Eu digo de outra forma, eu fui o homem certo, no momento mais desafiante da história do Corinthians”, continuou o treinador.

O português assumiu o Timão em fevereiro de 2024 em substituição a Mano Menezes, demitido após o mau começo alvinegro no Campeonato Paulista. Apesar de uma considerável melhora, a equipe não avançou às quartas de final do Estadual. Por outro lado, alcançou a terceira fase da Copa do Brasil e obteve a segunda melhor campanha da primeira fase da Copa Sul-Americana. Contudo, o fraco início de Brasilerão custou a sua saída, em julho.

‘Em demissão, diretoria quis salvar a própria pele’

Para António, a diretoria optou pela demissão para se autoproteger das cobranças.

“Naquela situação, honestamente, não estava (esperando a demissão), até pelas conversas que ia tendo com o presidente. Basicamente, o que ele quis foi salvar a pele dele. Sempre lhe disse que não estava ali para trabalhar naquele caos e depois vir outro com outros recursos para comer a carne. E foi isso que aconteceu. Passados cinco ou seis dias, vieram 11 jogadores novos”, encerrou

António Oliveira dirigiu o time alvinegro em 29 partidas, com 55,1% de aproveitamento. Foram, portanto, 13 vitórias, nove empates e sete derrotas.

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