Antigo jogador da equipa de Alvalade recorda feito de há 22 anos, sem perder a oportunidade de comparar as duas equipas | OneFootball

Luís Filipe, antigo jogador do Sporting, em conversa com o jornal Record, recordou os tempos de sucesso e comparou a sua equipa (2001/02), que alcançou a última dobradinha da história dos verdes e brancos, com a formação atual de Rúben Amorim, que tem a oportunidade de repetir o feito duas décadas depois.

“São equipas distintas, em alturas completamente diferentes. Ainda jogávamos no antigo José Alvalade. A única coisa parecida é a qualidade das duas equipas, com um futebol muito positivo. Ninguém pode dizer que a vitória no campeonato não foi mais que justa”, declarou Luís Filipe, momentos antes de aceitar o difícil desafio de imaginar quem venceria se o Sporting de 2001/02 jogasse contra o de 2023/24.

“Eu, puxando a brasa à minha sardinha, diria que ganhava a de 2001/02 [risos]… Tínhamos uma equipa recheada de talentos, a maior parte jogadores de seleção e um goleador como o Jardel, que fez 42 golos no campeonato [e 55 na época]. Individualmente, acho que naquela altura tínhamos mais qualidade. Mas se se defrontassem, provavelmente a equipa de 2001/02 ia ter dificuldades, porque o futebol está muito mais rápido e explosivo, os jogadores têm maior poderio atlético e estão melhor preparados fisicamente”, alega o antigo atleta.

Ao pensar na final de domingo, no Jamor, Luís Filipe acredita que este Sporting pode garantir a dobradinha. No entanto, salienta que nada está certo: “Pelo que temos visto esta época, acredito que sim. Mas, como é óbvio, do outro lado está uma equipa que é sempre difícil e competitiva. Está a passar um mau momento (…) mas é uma equipa que consegue sempre motivar-se e sair lá de baixo.”, considera, antes de concluir: “Em 2001/02 tínhamos a tarefa um pouco mais facilitada, porque jogámos contra o Leixões [1-0], da 2.ª divisão. Esta será mais difícil. Mas ganhar a dobradinha tendo na final um adversário como o Porto terá mais sabor”.