Jogada10
·14 de noviembre de 2024
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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quinta-feira (14), o Projeto de Lei 1950/23, de autoria dos deputados Vinicius Cozzolino e Profº Josemar, que declara o Estádio de São Januário, do Vasco da Gama, como patrimônio histórico, cultural e turístico do Estado do Rio de Janeiro. Em seguida, o projeto segue agora para sanção do governador, que tem até 15 dias para decidir.
“O Estádio de São Januário é um símbolo para os vascaínos e um marco da história do futebol no Brasil. Antes mesmo do Maracanã, ele já era o principal estádio do Rio de Janeiro. Com esse reconhecimento, esperamos reforçar sua atratividade como destino turístico, atraindo visitantes nacionais e internacionais interessados em vivenciar o futebol e conhecer a história cultural fluminense”, destacou Cozzolino.
Vale lembrar que o estádio foi palco de momentos marcantes na história do país, especialmente nas décadas de 1930 e 1940. Na época, o então presidente Getúlio Vargas anunciou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) durante um comício realizado em São Januário, assim como a apresentação histórica de um coral de 40 mil estudantes regidos por Heitor Villa-Lobos.
Em 1945, durante a redemocratização, o estádio sediou um comício de Luis Carlos Prestes. O evento, com mais de 100 mil pessoas, foi determinante para a legalização do Partido Comunista. No mesmo ano, São Januário também foi palco do desfile das escolas de samba, com a Portela saindo vencedora.
Anos antes, em 1925, o clube fez campanhas para que torcedores se tornassem sócios e levantou 685 contos e 895 mil réis para a compra do terreno e 2 mil contos de réis para a construção. Na mesma época, o Vasco deu uma resposta aos elitistas na luta contra o racismo. Por fim, com a mobilização, São Januário ganhou forma no dia 21 de abril de 1927.
“Além do valor cultural, a declaração como patrimônio fortalece o valor turístico de São Januário. Vale ressaltar que o reconhecimento previsto no projeto não impõe restrições ao uso do imóvel”, explicou Vinicius Cozzolino.