Adversário bilionário e temporada exaustiva: entenda como chega o Al-Hilal para enfrentar o Fluminense e conheça os bastidores do futebol saudita | OneFootball

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·2 de julio de 2025

Adversário bilionário e temporada exaustiva: entenda como chega o Al-Hilal para enfrentar o Fluminense e conheça os bastidores do futebol saudita

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O Fluminense enfrenta nesta sexta-feira (4) o Al-Hilal pelas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Muito se fala da folha salarial bilionária do rival saudita, que é real e impressionante. Mas há um fator ainda mais relevante para entender o contexto da partida: o desgaste físico acumulado ao longo da temporada. E quando comparamos a realidade do futebol saudita com a brasileira, a análise exige atenção aos detalhes, e aos números.

Como funciona a temporada árabe?A Saudi Pro League (SPL), a primeira divisão da Arábia Saudita, segue o calendário europeu. A temporada 2024/25 começou em 22 de agosto de 2024 e terminou em 26 de maio de 2025, com 18 clubes se enfrentando em 34 rodadas, turno e returno.


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Só que para clubes de elite como o Al-Hilal, esse número sobe consideravelmente por conta de torneios paralelos. Na temporada recém-encerrada, o clube saudita disputou nada menos que 55 jogos. Foram partidas pela liga, AFC Champions League Elite, King’s Cup, Saudi Super Cup e, agora, o Mundial.

Distribuição de jogos do Al-Hilal em 2024/25:

  • Saudi Pro League: 34 jogos
  • AFC Champions League Elite: 12 jogos
  • King’s Cup: 3 jogos
  • Saudi Super Cup: 2 jogos
  • Mundial de Clubes: 4 jogos (até agora)

Total: 55 jogos

Para efeito de comparação, um clube brasileiro da Série A disputa 38 jogos no Campeonato Brasileiro, além de torneios estaduais, Copa do Brasil e competições sul-americanas, podendo ultrapassar 70 jogos em uma temporada completa.

A Saudi Pro League está em uma fase de crescimento acelerado e tem atraído nomes globais que mudam a cara da competição. Estrelas como Cristiano Ronaldo e Karim Benzema atualmente vestem a camisa de clubes como Al-Nassr e Al-Ittihad, respectivamente, enquanto o Al-Hilal mantém um elenco recheado de atletas de alto nível, o que elevou o interesse e a média de público nos estádios em cerca de 30% nos últimos anos. Apesar do investimento bilionário e da visibilidade crescente, a liga ainda é considerada entre a 25ª e a 30ª do mundo, atrás até mesmo da MLS americana, o que mostra que o desafio vai além de dinheiro, passa pelo desenvolvimento estrutural e consistência técnica a longo prazo.

Essa intensidade também se reflete no calendário e na pressão física sobre os jogadores. A temporada 2024/25 foi pesada para o Al-Hilal. Manter o desempenho em alto nível nesse volume exige elenco profundo, preparação médica avançada e uma logística complexa para lidar com viagens longas e o impacto do calor extremo e da umidade, fatores que, somados, criam um desgaste físico e mental distinto do que se vê no futebol brasileiro.

Condições climáticas e logísticas extremasApesar do número de jogos não ser o maior do mundo, o cenário na Arábia Saudita é exigente em outras frentes. As partidas são disputadas em condições ambientais severas, calor extremo, umidade elevada e até poeira em certas regiões. Mesmo no “inverno árabe”, a temperatura média pode ultrapassar os 30°C. Esse ambiente impõe desafios fisiológicos constantes, com risco aumentado de insolação, hiponatremia e perda de desempenho.

Além disso, a logística de viagens também é pesada. Com grandes distâncias entre cidades (como Abha a Buraydah, com 1.113 km de estrada), os deslocamentos costumam ser feitos de avião. Ainda assim, a média de tempo gasto em viagem, espera em aeroportos e fuso horário interno afeta diretamente a recuperação dos atletas.

Algumas distâncias aéreas e tempos de voo aproximados:

  • Riade → Jeddah: 838 km – 1h35min
  • Abha → Buraydah: 955 km – 4h20min
  • Riade → Dammam: 388 km – 1h15min

E o desgaste?É importante observar, o Al-Hilal encerrou sua temporada nacional no fim de maio. Desde então, atua apenas em torneios internacionais. Isso significa que o time vem de um mês e meio sem a carga constante de jogos do calendário nacional, o que pode representar mais descanso, mas também quebra de ritmo competitivo.

Por outro lado, o Fluminense, apesar do calendário sobrecarregado do futebol brasileiro, chega em um momento de invencibilidade, embalado após eliminar a Inter de Milão e já adaptado ao ritmo de jogos do Mundial.

Volume x CondiçãoA pergunta “quem está mais cansado?” não tem resposta simples. Os clubes brasileiros enfrentam volume maior de jogos, com média de quase 70 por temporada. Já os árabes têm condições ambientais mais adversas e desafios logísticos importantes.

O Al-Hilal pode não ser europeu, mas tem folha salarial de 176,9 milhões de euros (cerca de R$ 1,13 bilhão), superando clubes como a própria Inter de Milão. É um adversário de peso, física, técnica e financeiramente.

O Fluminense enfrenta o Al-Hilal na próxima sexta-feira (4), às 16 horas (horário de Brasília), no Camping World Stadium, em Orlando, na Flórida (EUA).

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