Abel admite preferência por grama natural, pondera sobre sintético e diz: “Sou a favor da qualidade” | OneFootball

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·21 de febrero de 2025

Abel admite preferência por grama natural, pondera sobre sintético e diz: “Sou a favor da qualidade”

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O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, se posicionou, nesta quinta-feira, sobre a polêmica do gramado sintético e natural, que tomou conta do debate nos últimos dias após movimento de jogadores do futebol brasileiro. O português revelou preferência pela grama natural, mas fez ponderações e pediu mudanças efetivas para melhorar a qualidade dos gramados nos estádios do Brasil.

“O que posso dizer é que a pergunta que vocês tem que fazer é que ‘por que o Atlético-MG que fez uma arena nova meteu um gramado novo e vai trocar pelo sintético?’ Não está escrito em lugar nenhum que o gramado sintético provoca mais lesões do que um gramado natural ruim, que é o que acontece aqui. Se conseguir me dizer três campos bons aqui no Brasil… Entendo o Neymar. Já estivemos lá no Mundial, viram a qualidade da grama natural. Melhor que o carpete da minha casa”, disse.


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Durante a semana, atletas como Neymar (Santos), Lucas (São Paulo), Dudu (Cruzeiro), Thiago Silva (Fluminense) e Philippe Coutinho (Vasco)  publicaram nas redes um movimento pedindo o fim dos gramados sintéticos. Abel citou o regulamento da Uefa na Europa e opinou que no Brasil, poucos gramados seriam aprovados.

“O gramado, se viesse a Uefa regulamentar ou fiscalizar os gramados do Brasil, passava um ou dois. O que mais gosto é o natural, tudo natural. Mas no Brasil, não há como. Sabem quantas vezes joguei no Maracanã, um dos estádios mais míticos a nível mundial? Quatro ou cinco. Sabem quantas vezes o gramado estava médio? Nenhuma, zero. Joguei lá uma vez com o gramado mais ou menos, que foi na final da Libertadores, quando a Conmebol disse que precisava de um mês para recuperar o gramado. E para ter o gramado mais ou menos, não pintado. O problema das lesões não é o sintético, o que acontece é mais em termos de articulação, mas é uniforme, não tem buracos. Quando vamos ao Castelão, ao Maracanã, peço para meus jogadores nem virarem ao pé. Aqui a questão não é o sintético ou natural. É competência, qualidade e rigor. Quando falamos da Europa, eles investem, tem regulamento, fiscalização, reuniões e quando não está como deve, são multados os clubes”, seguiu.

“Há um forte investimento. Não estou defendendo nada. Só quero que me digam os gramados ‘tops’ no Brasil. Não fazem todos iguais. Por que os clubes estão passando para o sintético? Não tem condições de um gramado natural acompanhar a densidade de jogos no Brasil. Como vai ao Maracanã, jogam Vasco, Flamengo e Fluminense, como o gramado natural vai aguentar? Impossível. Quando o Palmeiras ganhou um dos campeonatos, fomos um dos melhores visitantes. O Botafogo, ano passado, também. Esqueçam isso”, declarou.

Abel, por fim, se mostrou favorável à união e manifestação dos jogadores, mas cobrou posicionamento dos atletas em outros temas do futebol brasileiro, como fairplay financeiro e profissionalização dos árbitros. Além disso, Abel cobrou mais ação e menos “falas”.

“Sou a favor da qualidade. Estava vendo o Pacaembu, uniforme, verdinho, sem buracos, regas feitas. Se vier a Uefa fazer a fiscalização da Fifa aqui e fiscalizar os gramados, vocês sabem…. É como ter uma Ferrari e andar numa pista toda esburacada. É o que acontece aqui no Brasil. Parabéns aos jogadores, adoro quando se unem por uma causa. Estão falando do gramado, tudo certo. mas falem de salários atrasados, fairplay financeiro, profissionalização dos árbitros. Juntem e se falem Estou há cinco anos, posso ser brasileiro, pedir passaporte, não? Toda gente fala, mas fazer, nada. Quando é preciso fazer as coisas, tomar decisões, fazer alterações no futebol, zero. Desde que estou aqui, que mudanças fizeram? Zero. Jogadores como Neymar, Rocha, Veiga, Thiago Silva, têm que se unir. O Sindicato dos jogadores tem que falar, de tudo. A causa maior de tudo é o futebol brasileiro e eu amo isso, mas não saímos daqui. É um tema bom, vai dar cliques. No fim, fazer coisas, ações, zero”, finalizou.

O Allianz Parque, inaugurado em 2014, instalou o gramado sintético em 2020. O Verdão também conta com um campo com esse tipo de grama na Academia de Futebol. Após as manifestações dos atletas, o Palmeiras se posicionou, por meio de nota, defendendo o tipo de gramado.

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