Fala Galo
·28 de diciembre de 2024
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·28 de diciembre de 2024
Por: Gustavo Lopes Pires de Souza Foto: Pedro Souza / Atlético
O amanhecer na Arena MRV trouxe mais que um novo dia para o torcedor atleticano. Uma faixa, posicionada estrategicamente na sede do clube, expôs o descontentamento crescente da Massa com os rumos da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Galo. As palavras escritas no cartaz não poderiam ser mais claras: “O Galo não é brinquedo de bilionário. Não queremos favores, queremos uma gestão profissional para o futebol.”
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O que leva a torcida, reconhecidamente apaixonada e engajada, a tomar essa atitude pública? A insatisfação decorre, entre outros fatores, de pontos cruciais que têm marcado a gestão da SAF: falta de investimentos consistentes, aumento das dívidas, venda de jogadores fundamentais e a ausência de um projeto esportivo claro. Além disso, a percepção de distanciamento dos donos — que, segundo os torcedores, não se expõem ao diálogo — alimenta ainda mais as críticas.
Na faixa, também aparecem declarações de Rafael Menin, um dos líderes da SAF, que reconhecem o amor e a cobrança da torcida, mas o discurso não parece mais suficiente para acalmar os ânimos. A relação entre clube e torcida é uma via de mão dupla, e a transparência e o comprometimento são fundamentais para que essa parceria continue sendo o maior patrimônio do Galo.
A criação da SAF foi amplamente debatida no futebol brasileiro como uma solução para equilibrar contas e alavancar projetos esportivos de longo prazo. Porém, o caso do Atlético evidencia que, sem uma comunicação eficiente e uma visão estratégica alinhada aos anseios da torcida, o modelo pode gerar mais questionamentos do que soluções.
O que o torcedor quer é simples: um Galo forte e vingador, com ambição esportiva, respeito às suas raízes e um modelo de gestão que garanta a competitividade sem comprometer a essência do clube. É um momento de reflexão para os responsáveis pela SAF. Não basta falar em “priorizar o esportivo”; é preciso agir, e agir rápido.
O grito da torcida é um pedido de socorro, mas também um lembrete: o Atlético é muito maior que qualquer projeto, dono ou gestão. A Massa não se cala, e o recado está dado. Que essa mobilização sirva para recolocar o Galo no caminho que ele merece: o da grandeza e da glória!
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