29 de setembro – Nesse dia de Galo nascia o histórico e excêntrico Ortiz, o goleiro artilheiro das bermudas e camisetas coloridas | OneFootball

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·29 de septiembre de 2023

29 de setembro – Nesse dia de Galo nascia o histórico e excêntrico Ortiz, o goleiro artilheiro das bermudas e camisetas coloridas

Imagen del artículo:29 de setembro – Nesse dia de Galo nascia o histórico e excêntrico Ortiz, o goleiro artilheiro das bermudas e camisetas coloridas

Por: Betinho Marques

Nesse dia de Galo, em 29 de setembro de 1947, nascia Miguel Ângelo Ortiz, em Santa Fé, na Argentina.


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Dono de um estilo peculiar, Ortiz tentou ser cantor, tratador de gado, engraxate e padeiro, não vingou. Atacante também não “rolou”. Foi debaixo das traves que o excêntrico atleta se encontrou, até mesmo pela sua altura, e conquistou uma legião de atleticanos.

Miguel atuou no Liverpool do Uruguai sem muita sorte devido à sua extravagância em se vestir. Há quem garanta que Ortiz tenha atuado antes no Cólon, clube da sua cidade natal, no início de sua carreira, porém há controvérsias e faltam registros.

Seu sucesso ocorreu no Wanders de Montevideu quando conseguiu ascender sua equipe na série B do campeonato uruguaio, marcou nove gols e até jogou a Libertadores no ano de 1975. Foi aí que Ortiz despertou o interesse do Atlético.

Galo

Com fita “apache” para colocar na cabeça, cabelos loiros e longos, bermudas estampadas, Ortiz inovou e encantou.

As crianças iam para o Mineirão inspiradas no arqueiro atleticano. Mas não parava por aí, Ortiz saía jogando, matava no peito, corria riscos e driblava.

No entanto, “Miguelito” garantia que não era nada forçado, ele sentia ser parte integrante do time e precisava contribuir. Foram sete gols feitos, incluindo um de pênalti numa goleada do Galo sobre o Vasco por 4 a 0 – Veja vídeo abaixo com imagens da Rede Minas

Louco por treinos e vanguardista

Obstinado por treinamentos, Ortiz não deixou de treinar nem mesmo numa Sexta-Feira Santa. Seu sucessor, João Leite, seguia o rito do titular. Com muito sol ou chuva forte, treinar era a rotina do goleiro artilheiro.

O estilo, a figura, tudo era muito à frente do tempo e, obviamente, Ortiz sofreu resistência pelas organizações dos campeonatos, pelo próprio clube, mas não deixou de marcar época.

Campeão Mineiro em 1976, Ortiz saiu de forma melancólica do Atlético. No ano seguinte, o Cruzeiro venceu com três gols de Revétria no segundo jogo da melhor de três e venceu a terceira partida na prorrogação.

Porém, uma teoria nunca confirmada ou provada colocou sob suspeita de suborno o goleiro atleticano. Ortiz “cascou fora”, foi para o Uruguai, se mandou. O fato é que ele nunca aceitou as acusações, mas também nunca recuperou seu prestígio no Atlético.

Depois do episódio, voltou a BH, mas João Leite já era o titular da posição. Miguelito ainda jogou no Comercial de Ribeirão Preto e pelo Caxias – RS. Extravagante, marcante, impetuoso, goleiro milagreiro e de algumas falhas evitáveis, esse foi Ortiz, o goleiro artilheiro do Atlético. Miguel tinha problemas com bebida e morreu de cirrose no dia 22 de julho de 1995.

FICHA TÉCNICA: Miguel Ângelo Ortiz Nascimento: 29/09/1947 – Santa Fé (ARG) Falecimento: 22/07/1995 No Galo: Campeão mineiro de 1976; 100 jogos ; 7 gols; 67 gols sofridos; Nos outros: Wanders-URU, Comercial-SP, Caxias-RS

Fontes:

terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou; ge.globo.com; galodigital.com.br; tardesdepacaembu.wordpress.com e Revista Placar.

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