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·11 August 2024

Viatura de César não para nem no vermelho

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César Peixoto mostrou que tem as ideias bem definidas e entrou a vencer na sua estreia oficial no comando do Moreirense, ao bater o Farense por 1-2, num jogo onde os cónegos até estiveram em inferioridade numérica na última meia hora e, mesmo assim, conseguiram o golo da vitória.

Depois de terem sido duas das boas equipas da época passada, Farense e Moreirense encontravam-se para arrancar esta edição do campeonato. Do lado algarvio, José Mota apresentava um onze inicial com os reforços Dario Poveda, Marco Moreno, Filipe Soares, Ângelo Neto e Lucas Áfrico presentes. Do lado cónego, o estreante César Peixoto tinha apenas o reforço Sidnei Tavares como novidade.


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Uma bela entrada

Num Estádio de São Luís muito bem composto, as duas equipas promovidas à Liga Betclic em 2022/23 reencontravam-se. A novidade surgia no banco de suplentes do Moreirense, com o técnico César Peixoto, e cedo se perceberam as ideias impostas. Os cónegos entraram a pressionar alto e agressivamente e isso deixou o Farense muito desconfortável com bola nos primeiros minutos.

Além disso, no ataque, o Moreirense tinha uma dinâmica com bola muito positiva, incentivada pela dupla Alan-Madson, em constante movimento e permutas - Antonisse mais fixo à esquerda - e foi sendo bastante perigoso. O golo inaugural surgiu, assim, com alguma naturalidade, embora tenha sido de bola parada, por Maracás, logo aos 7', num livre indireto muito bem trabalhado.

O desconforto algarvio continuou por algum tempo, mas foi diminuindo à medida que a pressão cónega baixou também. A partir daí, o jogo ficou mais nivelado, o Farense foi tendo mais bola e tentou dinamizar o seu ataque pelas alas, mas foi faltando assertividade no último terço e os cruzamentos foram excessivamente usados (e controlados pela defesa forasteira). Ia faltando o atrevimento habitual, de nomes como Belloumi (bem marcado por Frimpong) e o Moreirense ia aproveitando. De resto, Velho foi bem mais chamado a intervir que Kewin.

E coração no final

A precisar claramente de melhorias, o Farense veio dos balneários com outra atitude, especialmente na ala direita, onde Rivaldo e Belloumi começaram a ser mais interventivos e a combinarem entre si, depois de uma 1ª parte algo pobre. Contudo, permanecia a insistência no cruzamento largo e isso ia facilitando o trabalho dos centrais e guardião cónegos. Faltava um Belloumi ao nível da época interior, em zonas mais interiores e com as habituais diagonais.

O jogo, no entanto, mudou drasticamente de forma bastante inesperada. À passagem do minuto 64, de forma surreal, Sidnei Tavares foi expulso. O médio tinha saído para ser assistido, reentrou sem autorização do árbitro e, como já tinha amarelo, acabou expulso, deixando o Moreirense reduzido a dez de forma insólita. Apenas dois minutos depois, os algarvios responderam e chegaram ao empate, pelo reforço Bermejo, após cruzamento de Rivaldo na direita.

Perante este empate, José Mota reagiu e colocou «a carne toda no assador», até porque, agora, o Moreirense quase abdicava de ter bola, percebendo que a desvantagem numérica era pesada. César Peixoto, no entanto, deu ao ataque vida, com as entradas de Ofori, Pedro Santos e Gabrielzinho, e resultou. Também algo inesperado, à passagem do minuto 80', Ofori ganhou uma bola dividida à entrada da área e esta isolou por completo Asué na cara do golo, que apenas teve que encostar para o 1-2.

Mesmo com vantagem numérica, este tento serviu como um murro no estômago para o Farense e estes não souberam reagir. Os últimos 15 minutos ainda foram de teste para Kewin, mas o guardião esteve bem entre os postes e César Peixoto estreou-se com uma vitória no comando cónego.

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