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·25 April 2025

Testemunha aponta falsificação de relatório e mentira sobre operação de Maradona

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O julgamento da morte de Diego Armando Maradona Franco ganhou mais um desdobramento polêmico na última quinta-feira (24). Isso porque o cirurgião Rodolfo Benvenuti detalhou, em depoimento no Terceiro Juizado Penal de San Isidro,  imbróglios suspeitos às vésperas da última cirurgia do ídolo. Em suma, a testemunha direcionou as investigações para Leopoldo Luque, médico pessoal do ex-jogador, acusando-o de falsificar documentos e mentir sobre sua participação na operação.

Convocado por Víctor Stinfale, advogado e amigo íntimo de Maradona, Benvenuti entrou na história para avaliar se Luque, especialista em cirurgias de coluna e não em hematomas subdurais, possuía competência técnica para operar o argentino. O cirurgião revelou, em depoimento, que Stinfale e Luque travaram um conflito intenso no processo para operação — realizada em novembro de 2020, menos de um mês antes da morte do ex-jogador.


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Em dado momento, decidiu-se que Luque não ficaria responsável pelo procedimento. “Ele disse a Stinfale que estavam tirando dele a oportunidade de sua vida”, disse envenuti. Na sequência, ainda segundo o relato, Leopoldo entrou em “crise emocional, chorou e implorou para ter seu nome vinculado à cirurgia”. Ou seja, ele queria que menção ocorresse mesmo sem participação no procedimento principal.

Fora, mas com uma condição

Benvenuti disse que contou com o apoio das filhas de Diego Armando ao considerar que Luque não reunia as qualificações exigidas para o procedimento. Apesar da resistência, Stinfale insistiu que apenas o melhor cirurgião deveria operar o astro. Luque, então, teria concordado em ficar fora da sala, desde que seu nome aparecesse no relatório final como cirurgião-chefe.

Ainda de acordo com o cirurgião, esse documento sofreu alterações intencionais. O procedimento, na verdade, ocorreu por uma equipe de quatro médicos liderada pelo especialista Pablo Rubino.

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Até 25 anos de prisão

Sete dos oito réus enfrentam o risco de condenação por homicídio simples com dolo eventual, uma acusação grave que pode acarretar penas de até 25 anos de prisão. A audiência também ouviu relatos de tentativas de manipulação dos registros médicos de Maradona, sugerindo uma trama para encobrir falhas graves no atendimento ao ídolo.

Os juízes Maximiliano Savarino, Verónica Di Tommaso e Julieta Makintach conduzem o processo, e novos depoimentos de médicos envolvidos no atendimento do ex-jogador são esperados nos próximos dias.

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