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Jogada10

·7 March 2025

Salve, Luighi!

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As lágrimas do menino Luighi, do Palmeiras, após ser vítima de racismo no Paraguai, deveriam ser sinônimo de um basta. No entanto, infelizmente, não serão. O garoto teve uma agressão na alma por um homem, que, com uma criança no colo, fazia gestos de macaco junto ao alambrado.

Aos prantos, Luighi se dirigiu ao banco de reservas. Ao fim da partida diante do Cerro Porteño, pela Libertadores da América sub-20, ele se apresentou para uma entrevista e, claro, indignou-se ao ouvir uma pergunta sobre o jogo feita por um repórter, provavelmente a serviço da Conmebol.


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E, agigantando-se ao ser tomado pela revolta, o garoto devolveu de primeira, mesmo às lágrimas, com a questão que o mundo do futebol não tem coragem de fazer: “Você nada vai perguntar sobre o ato de racismo, sobre o crime que fizeram comigo? A Conmebol e a CBF vão fazer o que sobre isso?”.

Lamento, mas a Conmebol e a CBF já fizeram. E logo depois do crime transmitido ao vivo e da sua dilacerante entrevista: divulgaram notas oficiais protocolares e vergonhosas. Os dirigentes realmente acham que é assim que se combate o racismo, com promessas de providências e blá-blá-blá.

Vários clubes também fizeram o mesmo, sem perceber que, apesar da louvável solidariedade em palavras, cabe às próprias agremiações e aos jogadores tomarem as rédeas da situação. Já passou da hora de providências concretas e mais contundentes, como a perda de pontos e a imediata recusa de os times seguirem em campo. Nenhum esporte pode ser cúmplice de criminosos. O gramado, a quadra, a arquibancada não são palco para o tudo pode. Quem sabe esse menino gigante, de 18 anos, finalmente tenha iluminado esse caminho? Salve, Luighi!

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