Roberto Assaf: Um Brasileiro sem favorito | OneFootball

O que se vê no cotidiano? A imprensa, criando pauta, o dirigente, para motivar, e o torcedor, em busca de assunto, todos forçando a barra para elaborar uma lista de favoritos para o Brasileiro. Inútil. Não há um único clube, nem dois, nem três, destacados para ganhar o campeonato. O que se observa é que o nível, infelizmente, é inferior ao de 2024.

Vamos aos três citados em geral com maior freqüência. O Flamengo não é um time letal, como já foi um dia, longe disso. O Palmeiras não é, pelo menos neste momento, intimidador, e a exemplo do Rubro-Negro, não tem mais elenco para sustentar uma competição tão longa. O Botafogo, atual campeão nacional e continental, dispensou 14 atletas, e não fez nenhum esforço para substituí-los.

Vamos citar outros que vem sendo especulados. O Atlético Mineiro exibiu até aqui um bom futebol, mas praticamente não teve adversário, pois o único grande que enfrentou até agora, o Cruzeiro, contratou dezenas de jogadores e não conseguiu formar uma equipe convincente. O Internacional também mostrou bom desempenho. E, no entanto, como o exemplo anterior, só jogou contra o Grêmio, que ainda está em formação, procurando identidade.

O Fluminense e o Corinthians trouxeram reforços, têm algum potencial, decidiram seus estaduais, mas seria difícil afirmar agora que podem manter nível para título nacional. Santos, São Paulo e Vasco, para fechar o quadro de gigantes, ainda não revelaram do que serão capazes, embora possam, com a sequência de jogos, revelarem surpresas.

Mais concorrentes do Brasileiro

O Bahia é o maior desafio do Brasileiro. É grande, é dono de enorme torcida, contratou bastante, joga a Libertadores, mas ninguém é valente o suficiente para garantir até onde chegará. É difícil acreditar que os demais – Bragantino, Ceará, Fortaleza, Juventude, Mirassol, Sport e Vitória – pelo retrospecto histórico e pelo momento atual, possam ser apontados como favoritos.

O Brasileiro, na prática, não tem equipes com destaque absoluto, o que só deverá ocorrer, em nível apenas razoável, após oito ou dez rodadas realizadas. Mas especular – próprio do ser humano – é sempre válido.

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