AVANTE MEU TRICOLOR
·21 August 2025
Racha entre Casares e Belmonte? Presidente do São Paulo fala da tumultuada relação interna e explica venda de joias de Cotia

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·21 August 2025
Diretor de futebol e presidente do clube se cumprimentam no CT: tá tudo certo? (Foto: Divulgação/SPFC)
MARCIO MONTEIRO
@avantmtricolor
O clima interno no São Paulo não anda nada bom. Como informou nesta quinta-feira (21) a reportagem doAVANTE MEU TRICOLOR, o diretor de futebol, Carlos Belmonte, foi traído, ofendido e quase descartado como opção de Julio Casares à sucessão presidencial, e deve deixar o futebol do clube.
Um suposto racha interno entre a ala de Casares e a de Belmonte permeia o Tricolor. O presidente do São Paulo, no entanto, disse que não há nada muito grave, apenas uma turbulência momentânea.
“Não há um racha, existem movimentações que a gente entende no mundo do futebol. Nós estivéssemos juntos no jogo, e o São Paulo tem uma sinergia muito grande entre o seu corpo diretivo, entre os seus executivos profissionais e os executivos profissionais de outras áreas e os diretores estatutários”, disse o presidente em entrevista aoArquibancada Tricolor.
“Portanto não há racha, aliás, prova disso que essa camisa que eu visto (a número 3), ela foi aprovada com 95% da base do Conselho, o empréstimo que ontem de fluxo de caixa que nós tivemos que fazer foi aprovada com 80%, então essa base está sólida e esse racha é um racha talvez emocional de um momento, de uma pretensão”, completou Casares.
O mandatário do São Paulo falou que as eventuais crises internas que possam ocorrer são mais pelo cunho político, já que no ano que vem teremos novas eleições presidenciais.
“Eu vejo com uma normalidade, às vezes, pessoas pretenderem, mas o que eu já repeti várias vezes é que os candidatos, ou eventualmente candidatos, pré-candidatos, que são alguns, eles podem ter a pretensão, mas dentro de um calendário específico, porque senão atrapalha o São Paulo, então essa é a minha luta”.
“O cara pretender é um direito inequívoco do cidadão, mas ele antecipar um calendário, primeiro vai fazer mal ao eventual candidato, e segundo que não é bom para a gestão. O torcedor quer ver mais técnica e menos política e vai ter um momento que a técnica e a política se juntam”, falou Julio Casares.
O presidente também falou sobre as recentes vendas do Tricolor, com talentos revelados em Cotia, como William Gomes, Alves e Lucas Ferreira. Os valores das negociações não agradaram muito os torcedores, que qualificaram as saídas ‘a preço de banana’.
“A pessoa que fala sobre preço de banana, ou não conhece o preço da banana, ou não conhece o que é uma minutagem de um jogador, vou dar um exemplo. Os jogadores que o São Paulo vendeu tinham poucas minutagens no time principal, porque o nosso perfil é diferente de um Palmeiras e Flamengo, que têm uma agonia menor, porque ganharam muito.
“Então eles têm mais elenco e com isso um craque, um menino que entra ao lado de um elenco grande, ele performa melhor. Então quando você põe um menino no São Paulo no elenco com contusões, um elenco curto, a minutagem dele é menor.
“Por mais que o Zubeldía quis, por mais que o Crespo agora está lançando o Henrique, por mais que as pessoas assumem essa posição. Então o preço, quem estipula preço de jogador é minutagem e mercado. O São Paulo, claro, eu queria vender por muito mais, mas nós chegamos no máximo”, explicou o dirigente.
“Eu vou dar o exemplo do William (Gomes). O William vendemos por 9 milhões de libras com 20% de direito econômico do que acontecer na vida dele. Não foi ruim. Muita gente falou que era preço de banana. O William ainda não está performando e eu torço para que ele performe, porque nós temos 20%. Mas é assim”.
“Se não ia perder, o William ia ficar lá, não sei se ele ia jogar, ia inibir a chegada de outro. E assim o Ferreira. O Ferreira saiu agora, numa necessidade, e nós temos o Henrique. O Alves, que era de meio, saiu, mas nós temos lá o Rodriguinho, que está se posicionando. Isso é planejamento”.
“Então, nós temos que ter esse panorama que justifica preço. As pessoas às vezes não entendem muito bem do preço de banana e muito menos de um preço de um atleta de alta performance”, concluiu Julio Casares.