MundoBola Flamengo
·26 February 2025
Presidente da CBF comenta discussão sobre gramado sintético

In partnership with
Yahoo sportsMundoBola Flamengo
·26 February 2025
Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues comentou o movimento de jogadores da Série A do Brasileirão contra os gramados sintéticos, que conta com o apoio de Gerson, Léo Ortiz e do chefe do departamento médico do Flamengo. Após participar do Conselho da Conmebol no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (26), o mandatário disse que a entidade está desenvolvendo um estudo sobre o tema para auxiliar no debate entre os clubes.
"Respeitamos todos os posicionamentos, principalmente dos atletas. Mais do que a CBF, [o debate] têm que dos próprios clubes. A CBF, como sempre, vai fazer com que os clubes debatam. Já tem o movimento dos atletas dizendo que é prejudicial. A CBF, através da Comissão Nacional Médica e do doutor Jorge Pagura (presidente da comissão médica), está fazendo um estudo bastante profundo dentro do Brasil, não com dados científicos de fora", disse.
Ednaldo Rodrigues inclusive já indicou uma data para aprofundar essa discussão com os dirigentes: 12 de março. Esse é o dia que acontecerá o conselho técnico da Série A, no qual há expectativa que sejam iniciados os debates de temas importantes, como os gramados e a implementação de fair play financeiro.
"A CBF, reiterando mais uma vez, é democrática. O tema é dos clubes, dos atletas. Acho que é muito importante, mas ao mesmo tempo muito complexo. É uma competição que os clubes devem debater e se aprofundar. A CBF, como magistrada, faz aquilo que for necessário. Esse tema deve ser colocado pelo clubes na reunião presencial do conselho técnico", completou o presidente da CBF.
Alguns atletas do Flamengo se manifestaram sobre o tema, e o foco dos jogadores está principalmente na vantagem técnica dos times acostumados com a grama sintética. Gerson, capitão da equipe, se juntou a Neymar, Lucas Moura e outros atletas do futebol nacional em publicação nas redes sociais que deu início ao debate.
O zagueiro Léo Ortiz também entrou para a "polêmica" e fez críticas aos campos sintéticos, mas cobrou gramados naturais em melhores condições no futebol nacional:
"Os clubes fazem escolhas para priorizar uma coisa mais fácil de se cuidar, mas isso tira um pouco da qualidade do jogo. Acho que pela não manutenção muito seguida acaba prejudicando, e talvez aumenta a incidência de lesões. Isso preocupa os jogadores.(...) Prefiro jogar em um gramado natural, mas a cobrança tem que ser para termos gramados naturais de qualidade", comentou em coletiva no Ninho do Urubu.
Varela concedeu coletiva nesta quarta-feira e revelou surpresa pela escolha do Vasco de levar a semi do Carioca para o Engenhão, já que jogadores do rival fazem parte do movimento: "Chamou um pouco a atenção, porque semana passada todo mundo se juntou para [defender] jogar em grama natural".
Já Filipe Luís propôs uma solução para melhorar os campos: multa para equipes que não conseguirem manter uma grama de qualidade. O treinador rubro-negro afirmou que prefere um campo sintético a um natural muito ruim e afirmou que há "muitas desculpas" no Brasil.
"Muito importante que os jogadores se unam. Vi a entrevista do treinador do Palmeiras, o Abel, e eu concordo em tudo que ele falou. Talvez foi a primeira pessoa que não colocou política no meio. Eu penso o seguinte, Série A tem que ser regulamentado tem que ter exigências gramado natural e bom. Tem que ter multa se não estiver bom. Aqui eu vejo desculpas sobre o clima Na Arábia e no Catar é 50 graus e o gramado um tapete. É investimento."