Pede pra sair, SAF! Péssima gestão derrete Atlético antes de jogos decisivos | OneFootball

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A terça-feira (22) foi agitada nos bastidores do Atlético-MG e o clube enfrenta uma forte crise antes de entrar em um período decisivo da temporada. Diversos atletas cobraram o clube devido a atrasos em pagamentos, alguns inclusive levando o Galo à justiça.Este é apenas mais um capítulo sombrio entre tantos outros protagonizados pela SAF comandada por Rubens Menin — o que torna a permanência do grupo no comando do clube cada vez mais insustentável e alvo de questionamentos justificáveis.

O Galo já vinha sofrendo processos judiciais movidos por ex-atletas e funcionários, mas a movimentação adotada alguns atletas como Rony, Guilherme Arana e Gustavo Scarpa chamou a atenção. Rony chegou a pedir rescisão contratual, mas recuou e retirou a solicitação junto à Justiça. Mesmo assim, o cenário é caótico e extremamente vergonhoso.

Um clube-empresa não ter a capacidade de se manter em dia com jogadores que entram em campo para defender as cores do Atlético é inaceitável. A partir do momento em que o Galo virou SAF, os atrasos financeiros deveriam ter sido erradicados. A realidade, no entanto, é exatamente a oposta. Chegar ao ponto em que os próprios atletas, ainda que por vias extrajudiciais, precisam tomar medidas para cobrar o que têm a receber do clube é de um amadorismo gritante — e expõe caos e bagunça nos bastidores da gestão.

O momento deveria ser de concentração plena no futebol. O Galo entra em campo nesta quinta-feira para tentar se classificar na Copa Sul-Americana e também tem pela frente uma batalha dura diante do Flamengo na Copa do Brasil. A diretoria vai se reunir com o elenco na véspera do duelo contra o Bucaramanga para tratar das dívidas.

É difícil encontrar um aspecto realmente positivo na era SAF do Atlético-MG. Dentro de campo, o clube se tornou um coadjuvante — tanto no cenário nacional quanto sul-americano. O abismo técnico entre o Galo e seus principais rivais é evidente. Contra o Palmeiras, foi completamente dominado no Allianz Parque e contou com uma atuação histórica de Hulk para evitar uma goleada maior. O atacante veterano, inclusive, vem salvando o Galo há algum tempo. No duelo contra o Flamengo, por exemplo, o time mineiro entra como franco azarão, reflexo da disparidade entre os elencos. Enquanto o clube carioca mantém salários em dia e estabilidade administrativa, a SAF do Atlético tropeça em paralelepípedos para evitar uma avalanche de processos judiciais. Diante desse contraste, é difícil acreditar que os problemas fora das quatro linhas não tenham influência direta no desempenho da equipe na Copa do Brasil.

Está na hora do grupo responsável pela administração do Atlético como clube-empresa aceitar a realidade. A SAF é um fracasso absoluto em vários âmbitos e os bastidores desta terça-feira (22) apontam para um desconforto interno. A cobrança por resultados é válida, já que o Galo vem apresentando um desempenho ruim em partidas recentes. Porém, é injusto cobrar o nível técnico de atletas que precisam batalhar, judicialmente ou não, para que simplesmente recebam seus vencimentos.

O Galo precisa de um aporte bilionário para, no mínimo, respirar financeiramente. A SAF, porém, se mostra extremamente combativa a receber ajuda externa, ou seja, adicionar um membro ao cenário administrativo. Não há elenco que consiga vencer quando os bastidores estão tão agitados como o que é visto atualmente no Atlético. A conta final, portanto, pode ser trágica e quase foi vista no ano passado, mas o galo escapou do rebaixamento na última rodada A conta por um bastidor tumultuado pode ser alta — e o Atlético-MG já flertou com esse preço. Em 2024, o time escapou do rebaixamento apenas na última rodada, deixando claro que, se os problemas extracampo persistirem, a queda pode deixar de ser um susto momentâneo para se tornar uma possibilidade concreta.