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·27 June 2024

Os três guarda-redes da Eslovénia têm currículo português

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Já lá vai uma década desde a fuga - nem por isso pacífica - de Jan Oblak. O mais distraído poderia dizer que a história eslovena em Portugal começara em Zlatko Zahovic e acabara no ex-Benfica. Mas há muito mais, inclusive nesta convocatória. Sporar salta à vista, que as passagens em Alvalade e Braga até nem foram de sucesso, mas estão na memória. Ainda assim, a particularidade na baliza é demasiado grande para ignorar.

Conversarão na sua língua, mas, provavelmente, até podiam fazê-lo na língua de Camões. Além de Oblak, também Belec e Vekic atuaram no futebol português e há a curiosidade de, geograficamente, preencherem Portugal continental com Norte, Centro e Sul.


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Oblak, o mais evidente

Retomamos o começo do artigo para perdoar o «mais distraído». De facto, Zahovic foi um nome incontornável na ligação destes dois países (o telefone tocou com insistência nesta quinta-feira, mas o ex-Vitória SC, FC Porto e Benfica não nos atendeu), ainda que talvez já não o maior.

O nível que atingiu nos portistas e, depois, no Valencia - numa época dourada - perde para a dimensão da década de Oblak no Atlético Madrid. A um começo atribulado, quer pela saída forçada do Benfica, quer pela surpreendente entrada como número dois de Moyà, seguiu-se uma continuidade estrondosa a alto nível, com grandes campanhas europeias, um título espanhol e vários prémios de guarda-redes menos batido da La Liga, no famoso prémio Zamora.

Mas tudo se iniciou em Portugal, ainda com 17 anos, identificado pelo scouting do Benfica como um nome de tremendo potencial. Até à baliza encarnada passaram três anos e meio e quatro empréstimos: Beira-Mar e Olhanense, depois numa doente UD Leiria e, por fim, no Rio Ave de Nuno Espírito Santo.

Por mais que os adeptos encarnados o recordem com saudade, foi somente por meia época o titular das águias. Quando voltou de tantos empréstimos, coube-lhe um lugar no banco a ver Artur Moraes, mas seria na viragem do campeonato 2013/14, numa lesão do brasileiro em Olhão, que Jorge Jesus lhe daria a titularidade. Até ao fim.

Campeão nacional, vencedor da Taça de Portugal e da Taça da Liga e finalista da Liga Europa, perdida nos penáltis para o Sevilla. E um registo fabuloso: só seis golos sofridos em 26 jogos!

Belec, o mais fugaz

É o mais velho dos três, mas coincidiu com a última época de Oblak em Portugal. No tal jogo em que o ex-Benfica assumiu o lugar, já Vid Belec era titular no Olhanense.

Nem começou a época a jogar de início, porque havia o veterano Ricardo (esse mesmo, o que tirou as luvas) como escolha de Abel Xavier, mas o facto de estar emprestado pelo poderoso Inter indiciava capacidade. Demoraria menos a ganhar a titularidade do que o treinador a ser substituído, com Paulo Alves a mantê-lo como escolha número 1.

No fim da época, 25 jogos do ainda jovem guarda-redes - 24 anos, menos dez do que agora. Seguir-se-ia mais um ano ligado ao Inter, mas outra vez emprestado, então aos turcos do Konyaspor. E, depois, uma carreira que incluiu Sampdoria e, mais recentemente, o APOEL cipriota, onde foi campeão com Sá Pinto.

Tem 21 internacionalizações, aproveitadas entre a saída de Handanovic e a demora do regresso de Oblak, que pediu dispensa durante um período para conseguir debelar problemas físicos. É o segundo da hierarquia desde então.

Igor Vekic, o mais recente

E, por sinal, o menos bem sucedido. Foram dois anos em Paços de Ferreira, até ao verão passado (2023), altura em que o clube desceu de divisão.

Pode dizer-se que, ao contrário dos seus colegas de treino durante este Euro 2024, Vekic fracassou. Jordi vinha de grande época e perspetivava-se como o titular, só que lesionou-se com gravidade logo a começar a pré-época e abriu espaço a André Ferreira.

Seria só no fecho do mercado, já após eliminação contra o Tottenham, que o Paços de Ferreira encontraria outra solução para a baliza. O sérvio estava no modesto NK Bravo, mas tinha jogado o Europeu de sub-21 nesse verão de 2021 e, portanto, teve uma montra que atraiu os castores.

Só cinco jogos foram insuficientes para perceber o seu valor, mas o clube optou por mantê-lo mais uma época... e aí ficou percebido que não chegava. Nem Vekic, que fez dez jogos muito pouco convincentes, nem o Paços de Ferreira, que desceu de divisão.

Seguiu-se a Dinamarca, o Vejle BK e somente quatro jogos. No fim, uma agradável convocatória para o Europeu, com direito a estreia pela seleção num dos amigáveis de preparação.

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