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·24 June 2025

Operação mira grupo que desviou mais de R$ 1 milhão de Gabigol e outros jogadores

Article image:Operação mira grupo que desviou mais de R$ 1 milhão de Gabigol e outros jogadores

Mais de cem policiais civis executaram uma megaoperação, nesta terça-feira (24), para desmontar um esquema de estelionato que fraudou a portabilidade de salários de jogadores da Série A do Brasileirão. Batizada de ‘Falso 9’, a ação ocorreu de forma simultânea em Almirante Tamandaré (PR), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Porto Velho (RO) e Lábrea (AM), e resultou no cumprimento de 33 ordens judiciais — 22 mandados de busca e apreensão, nove de prisão preventiva e dois de prisão temporária.

As investigações apontaram que os criminosos utilizaram documentos forjados para abrir contas bancárias em nome de atletas da elite do futebol nacional. Em seguida, solicitaram a portabilidade dos salários desses profissionais para as contas fraudulentas. Os golpistas, então, movimentavam o dinheiro com rapidez: realizavam compras, faziam saques e transferiam valores para outras instituições financeiras.


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O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), atuou no suporte técnico da operação. As instituições financeiras envolvidas detectaram as irregularidades em janeiro de 2025 e notificaram as vítimas assim que confirmaram os desvios.

Gabigol teve R$ 938 mil desviados

Entre as vítimas mais conhecidas do esquema estão Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e o zagueiro argentino Walter Kannemann, do Grêmio. De acordo com fontes da investigação, o atacante sofreu um prejuízo de R$ 938 mil.

A operação ainda identificou que a quadrilha já movimentou mais de R$ 1 milhão com essas ações até o momento. Desse total, R$ 135 mil estão bloqueados previamente, enquanto outra parte relevante foi destinada a beneficiários em Cuiabá e Porto Velho. Incluindo pessoas jurídicas e indivíduos que, juntos, receberam mais de R$ 287 mil.

Chefe do esquema capturado

A Polícia Civil do Paraná confirmou a prisão do líder da organização criminosa no bairro Alto, em Curitiba, e de outro integrante da quadrilha no bairro Atuba — mesma cidade. Com ele, os agentes apreenderam aparelhos celulares, cópias de documentos falsificados e registros com dados das vítimas.

A delegada Simone Barbieri, da Polícia Civil de Rondônia, reforçou o compromisso das forças de segurança no combate ao crime digital. “Casos como este evidenciam a importância da vigilância constante e da união entre as polícias, setor privado e população para desmantelar redes de fraude cibernética”, afirmou.

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Esquema recebeu nome inspirado no futebol

O título da operação — Falso 9 — faz alusão à posição tática que, no futebol, representa movimentação enganosa e atuações inesperadas. A escolha remete ao modo como os criminosos operavam: assumindo, de forma dissimulada, a identidade de atletas profissionais para executar o golpe com precisão e agilidade.

Os envolvidos podem enfrentar penas que somam mais de 30 anos de reclusão. Isso porque serão julgados com base nos nos crimes de estelionato eletrônico, falsificação de documentos, uso de identidade falsa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

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