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·2 August 2025
O segredo de Flick para reinventar o Barcelona

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A passagem de Hansi Flick pelo Barcelona já revela uma marca registrada: o alemão aposta de forma consistente na versatilidade do elenco. De acordo com o Mundo Deportivo, os dois primeiros jogos da pré-temporada asiática viram o treinador experimentar significativamente com posicionamento. Eric Garcia, por exemplo, foi escalado como titular na lateral-direita contra o Vissel Kobe, enquanto Gerard Martín foi acionado como zagueiro diante da escassez de opções defensivas em Seul, e Ferran Torres, cada vez mais consolidado como centroavante, reforça a ênfase do técnico em opções táticas móveis.
Flick não hesita em utilizar um grande número de atletas em funções variadas. Na temporada anterior, doze jogadores ocuparam diferentes posições, alguns com frequência, outros em situações pontuais. Os números ilustram bem essa flexibilidade: Eric Garcia – frequentemente o defensor mais adaptável – atuou como zagueiro (25 partidas), lateral-direito (8) e volante (12). Lesões de jogadores como Araujo (limitado a pouco mais de vinte jogos e quase sempre na zaga) e Christensen (que também foi testado como volante em sua recuperação) potencializaram a necessidade dessa abordagem.
No meio-campo, Flick alternou jogadores para suprir necessidades pontuais e ajustar desenhos táticos. Pedri foi utilizado majoritariamente como mediocentro ou volante (57 vezes), mas chegou à função de meia-atacante em ocasiões específicas da Champions League. O mesmo ocorreu com De Jong, enquanto Gavi teve papel multifuncional, sendo mediocentro (36), meia-atacante (4) e ocasionalmente ponta-esquerda (2 partidas). Fermín, por sua vez, figurou tanto em ambas as pontas quanto no centro e na meia, servindo como peça coringa. Dani Olmo também exemplificou essa postura, jogando predominantemente como meia-central, mas deslocado para as pontas ou até de falso 9 em alguns jogos.
A rotatividade no setor ofensivo não foi diferente. Raphinha geralmente ocupou a ponta esquerda, mas foi deslocado à direita para cobrir ausências como a de Lamine Yamal, além de algumas aparições centralizadas. Lamine Yamal, sempre que disponível, permaneceu fixo na ponta direita, consolidando o setor. Já Ferran Torres, além do papel centralizado (22 jogos), atuou aberto pelas duas pontas (16 como ponta-esquerda e 7 pela direita).
Essa abordagem, amplamente repetida por Flick ao longo da última e da atual temporada, recoloca a polivalência como característica fundamental do Barcelona sob sua gestão. Tal expediente permite ao técnico responder rapidamente a lesões, suspensões e demandas táticas, tirando o máximo de cada jogador e mantendo o elenco competitivo em uma temporada cada vez mais exigente.
Fonte: Mundo Deportivo
Photo by Chung SungJun/Getty Images
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